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MT ganha fôlego com novas UTIs mas número alto de ocupações inspira cuidados; Estado passou de 100 mil casos

Da Redação - Wesley Santiago

Mato Grosso conseguiu aumentar o número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) disponíveis para o novo coronavírus nos últimos meses e aliviou o cenário desolador que se viu há algum tempo, com o colapso do sistema de Saúde. Porém, a ocupação de leitos já chega próximo aos 70% e a situação ainda inspira cuidados. Os casos já ultrapassaram os 100 mil e os óbitos os três mil.

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Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, havia até o fim da última terça-feira (08) 276 internações em UTIs públicas e 284 em enfermarias públicas. Isto representava uma taxa de ocupação de 69% para UTIs adulto e em 32% para enfermarias adulto.
 
No dia oito do mês passado, o Estado estava com 78,44% das suas UTIs ocupadas. Naquela época, eram 294 internações em UTIs públicas e 301 em enfermarias públicas. Nota-se que o número de pacientes acamados em cuidado intensivo era maior, assim como a taxa de ocupação.
 
Em 8 de julho deste ano, a situação de pessoas internados era pior no Estado. Naquela data, existiam 336 pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos e privados, com a taxa de ocupação em 97%.
 
Na terça-feira (08), Mato Grosso ultrapassou mais uma triste marca. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou 100.012 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 3.010 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado. De um dia para o outro, foram 1.303 pessoas infectadas.
 
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19, estão: Cuiabá (20.068), Várzea Grande (7.503), Rondonópolis (7.139), Lucas do Rio Verde (4.896), Sorriso (4.639), Tangará da Serra (4.224), Sinop (3.963), Primavera do Leste (3.135), Campo Novo do Parecis (2.160) e Nova Mutum (2.030).
 
Tanto no interior do Estado, como na capital mato-grossense, o temor é que a maior flexibilização de atividades comerciais e o desrespeito de medidas de isolamento por parte da população possa fazer os números voltarem a subir nos próximos dias. Viu-se nos últimos dias muitos focos de aglomeração e o uso de máscaras continua a ser feito de forma equivocada, por parte de alguns, que utilizam os equipamentos de proteção abaixo do nariz e as vezes até no queixo.
 
Enquanto isto, ainda não há previsão para que uma vacina chegue para acabar com o sofrimento vivido pela população. O Governo Federal previa que, em janeiro, uma campanha pudesse ser iniciada. Porém, a Universidade de Oxford suspendeu os testes da sua vacina, após uma reação adversa em um dos voluntários, no Reino Unido.
 
Outras vacinas, como a da Rússia, estão sendo testadas no Brasil e alimentam a esperança de que, ainda neste ano, tudo possa voltar ao normal. Enquanto isto, especialistas reiteram que as medidas de isolamento social e biossegurança continuam sendo essenciais.
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