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Emanuel diz que sofre represália por não ceder a pressões para aumentar tarifa de ônibus e liberar corte de água

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) já nomeou a ‘lista’ de inimigos políticos que, segundo ele, se uniram contra seu nome. Na última terça-feira (20), ele também colocou os motivos dessa represália às claras: não ter cedido a pressões para aumentar as tarifas de ônibus, ter dado uniforme e material escolar às crianças das escolas municipais, e ter mantido a proibição no corte de água até o final de 2020.

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Segundo o prefeito, candidato à reeleição, estão unidos contra ele como Mauro Mendes, Roberto França, Fábio Garcia, Antero Paes de Barros, Eduardo Botelho, dentre outros, e a motivação desta rusga seria clara. “A cada vez mais esse grupo de poucos que querem se apoderar da prefeitura montaram uma ação coordenada para me atacar, e essa ação coordenada vem de várias frentes e de várias formas, e eu vou enfrentá-los por Cuiabá, pela população cuiabana, pelos menos favorecidos, pelos mais carentes, e aproveito essa oportunidade para voltar a chamar à reflexão”, disparou, na entrada do evento promovido pela Fecomércio, na terça-feira (20), para que os candidatos apresentassem suas propostas ao setor.

Emanuel não poupou os adversários. Disse que eles estão utilizando de “experientes baixos”, de “pura baixaria”, “todos eles estão se unindo para me atacar e para tentar tomar à força o poder do povo, o poder de quem administra para o povo, para os mais carentes e para os menos favorecidos”. Especificamente, o prefeito citou três aspectos em que não teria cedido às pressões e, por isso, incomodado ao grupo adversário.

Uma das pressões seria para o aumento da tarifa de ônibus. “Na minha gestão só teve aumento de tarifa duas vezes. Eu não dei tarifa esse ano, não aceitei que desse. Tive muita pressão, mas não dei aumento de tarifa e não vou dar. A regra estava imposta antes, se não vier 50% da frota com idade média renovada e com ar condicionado, não terão aumento de tarifa”, afirmou.

A segunda pressão teria sido para não fornecer os uniformes e materiais escolares. “Muita pressão para que houvesse a venda, que houvesse compras diretas, e eu resolvi que deveríamos doar para os alunos da rede pública municipal de ensino, material escolar, didático, e uniforme escolar completo para todos os alunos da rede”.

Por fim, o terceiro motivo citado pelo prefeito seria relacionado com a proibição no corte de fornecimento de água. “Tudo isso incomodou muitos interesses. E fui muito pressionado por vários desses personagens. Então eu estou vendo agora eles se unirem, jogando com outras candidaturas, também para tentar tirar o poder popular. Não vão conseguir me intimidar, não vão conseguir me amedrontar, até porque medo, covardia, não faz parte do meu dicionário político e do meu dicionário de vida”, finalizou.
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