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Euclides Ribeiro doa R$ 300 mil para a própria campanha e não usa fundo partidário

Da Redação - Isabela Mercuri

O advogado Euclides Ribeiro, candidato ao Senado pelo Avante, doou R$ 300 mil do próprio bolso para sua campanha. O valor corresponde a 10% do teto estabelecido pela Justiça Eleitoral para gastos em campanha, que no caso do cargo de senador por Mato Grosso, é de R$ 3 milhões. O candidato se nega a usar o fundo partidário. O restante da campanha será paga com recursos oriundos de financiamento coletivo.

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"Sou contra usar fundo partidário, porque acredito que dinheiro público deve ser empregado em saúde, segurança, educação e não em propaganda política. Só para as eleições desse ano, para se ter uma ideia, o Tribunal Superior Eleitoral recebeu mais de R$ 2 bilhões de Fundo Eleitoral pra distribuir entre os partidos políticos. Imagine se todo esse dinheiro, que é do povo, fosse utilizado em ações para o povo?", criticou o candidato.

Criado em 2017, por determinação do Congresso Nacional, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) proibiu empresas de realizarem doações para campanhas e passou a destinar verba pública do Tesouro Nacional para que os candidatos a cargos eletivos pudessem divulgar suas propostas aos eleitores.

No final do ano passado, a Lei ordinária 13878/2019  estabeleceu os limites de gastos de campanha para as eleições de 2020.  De acordo com a lei, o candidato só pode usar recursos próprios até o total de 10% dos limites previstos para gastos no cargo em que concorrer.

Para Euclides, a limitação dos gastos reduz a influência do poder econômico nas disputas, porém, sobrecarrega a máquina pública. Para diminuir a oneração a reforma eleitoral de 2017 incluiu o financiamento coletivo como uma modalidade de arrecadação de recursos e permitiu que entidades organizem técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, desde que observadas as instruções da Justiça Eleitoral.

"Abrimos um canal para doações espontâneas e também já tenho o apoio de alguns amigos, uma vez que a doação de pessoa física é o instrumento validado pela Justiça Eleitoral. O que não concordamos é utilizar dinheiro que deveria ser investido em políticas públicas para propagandear candidaturas", concluiu Euclides Ribeiro.
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