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Fazendas de Arcanjo avaliadas em R$ 100 mi vão a leilão, confirma Ministério da Justiça

Da Redação - Max Aguiar

Duas propriedades rurais que pertencem ao ex-comendador João Arcanjo Ribeiro serão leiloadas pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O leilão de bens está sendo preparado, ainda sem data prevista, mas o volume que a pasta almeja arrecadar, de R$ 100 milhões, será recorde. 

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Na lista de propriedades a serem leiloadas estão duas fazendas em Mato Grosso. Uma delas, conhecida como Estância Colibri, foi avaliada em R$ 61 milhões. A segunda, chamada Rio Novo, está avaliada em R$ 29 milhões. Todas teriam sido adquiridas por João Arcanjo com dinheiro do crime organizado. 

A informação do leilão foi antecipada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública ao portal Poder360. Sem data, o portal avisa que o evento será em breve. E todo o dinheiro arrecadado deverá ser direcionado para políticas de combate ao crime organizado. 

Em 2019, quando o ex-juiz Sergio Moro ainda era ministro, houve mudança na Lei Antidrogas. Com alienação antecipada, o juiz tem até 30 dias para decretar a venda do patrimônio apreendido.

O secretário Nacional de Políticas para drogas, Luiz Roberto Beggiora, comemora as possibilidades inauguradas pelo novo arcabouço jurídico. “Em razão da demora natural dos processos criminais, entendemos que a alienação antecipada é a solução para evitar a desvalorização parcial ou total dos ativos apreendidos”, afirmou.

Histórico de Arcanjo

O ex-comendador João Arcanjo Ribeiro chefiou por décadas o crime organizado em Mato Grosso. Ele foi preso em 2003 a pedido do então procurador Pedro Taques e por decisão do juiz federal da época, Julier Sebastião.

Depois da operação, Taques ganhou notoriedade, deixou o MPF e lançou-se na carreira política. Foi eleito senador em 2010 e governador de Mato Grosso em 2014. Concorreu à reeleição em 2018, mas perdeu. Nesse mesmo ano, Arcanjo foi solto e atualmente cumpre prisão domiciliar em Cuiabá. 
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