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Janaína diz que Emanuel não tem identidade partidária e poderia ter sido expulso ao lançar o filho pelo PTB

da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) não mediu as palavras ao falar sobre seu correligionário, o atual prefeito e candidato à reeleição Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo ela, Emanuel ‘não tem identidade partidária’, mas, apesar de ele não ter seu apoio nas eleições, tem seu respeito. “Se eu não tivesse respeitado, lá atrás já poderia ter pedido a expulsão dele, quando lançou Emanuelzinho pelo PTB, quando o lançou candidato, depois, a prefeito em Várzea Grande”, disparou.

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Janaína declarou há alguns dias que irá apoiar o ex-prefeito Roberto França (PATRI) na disputa pela prefeitura. Logo depois, Teté Bezerra - ex-deputada federal (MDB) e esposa do presidente estadual do partido, Carlos Bezerra (MDB) – afirmou que era preciso respeitar Emanuel, pois ele é membro da diretoria nacional.

“O partido tem que respeitar a candidatura dele por conta disso [de ele se da executiva nacional]”, rebateu Janaína. “Eu respeito ele, eu não fiz nenhum trabalho no partido para tirar o partido dele, porque eu realmente acho que seria desrespeitoso por ser um prefeito da capital e por ter feito, e faz, porque todos os prefeitos de capital do MDB fazem parte da executiva e do diretório nacional, então a gente tem esse respeito pela candidatura dele. Agora, o apoio é que ele não tem, mas o respeito ele tem”, completou.

Segundo a deputada, Emanuel não tem identidade partidária e, por este motivo, muitos emedebistas não irão apoiá-lo. “Tem muita gente que trabalhou com o Roberto, é o caso do Clóvis [Cardoso] que foi secretário do Roberto França, assim como tem o Valtenir [Pereira], que tem muita dificuldade de apoiar o Emanuel Pinheiro, então ele fica na neutralidade, mas a maioria do grupo dele já está com o Roberto”, declarou. “Não adianta ser do mesmo partido se você não tem identidade partidária. O Emanuel não tem identidade partidária com o MDB, ele não construiu isso. Não é porque ele é do partido que ele construiu isso. E eu sinto, por exemplo, que eu... eu criei isso dentro do partido, então o partido acaba respeitando por causa disso”.

A respeito de sua rusga com o prefeito, Janaína declara que tem dois motivos. Uma, política, e outra, pessoal. “Primeiro porque ele não ouve ninguém enquanto administra. A gente tem dificuldade de marcar uma agenda lá na Prefeitura”, reclamou. “Isso é um complicador, porque se durante o mandato você não dá essa atenção, imagina depois de eleito, depois de um período eleitoral como esse, que não vai dar atenção mesmo”.

O segundo motivo foi o ressentimento por Emanuel ter chamado José Riva, pai de Janaína, de bandido, dentre outros adjetivos. “É claro que também a forma como ele falou [do meu pai], a agressividade que ele usou, você não faz com um amigo. Na minha opinião com a relação que eu tinha com o Emanuel, de fazer aniversário na casa dele, de ele ir na minha casa, a gente tomar cerveja juntos... eu não faço qualquer coisa pelo poder, e não respeito quem faz tudo pelo poder. Eu acho isso muito temerário. Ele não precisa respeitar meu pai, os problemas deles do passado são deles, não são meus realmente, agora, a forma como ele falou, para mim, como filha, se eu aceitasse e entendesse... amigo não fala isso. É amigo da onça”, finalizou.
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