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Notícias / Agronegócios

Perdigão: não há negociações com a Sadia no momento

AE

O presidente da Perdigão, José Antonio Fay, afirmou hoje, durante entrevista coletiva à imprensa, que neste momento a direção da empresa não está negociando qualquer tipo de associação com a Sadia. "Não há negociações neste momento", garantiu. "A Perdigão é uma empresa muito transparente e eu garanto que o que foi escrito no comunicado ao mercado (arquivado na semana passada na Comissão de Valores Mobiliários) é verdade." 

No comunicado encaminhado no final da noite da última segunda-feira à autarquia, a Perdigão informou que, "embora tenham se desenvolvido discussões preliminares para uma eventual associação" entre a companhia e a Sadia, "as partes não chegaram a qualquer entendimento sobre a matéria". "Desta forma, não há, nesta data, qualquer negociação em curso", informou a Perdigão no documento de apenas um parágrafo. E, segundo afirmou Fay hoje, o posicionamento da empresa continua exatamente o mesmo.

Questionado sobre a possibilidade de existência de algum tipo de pressão para que a companhia feche algum tipo de associação com a Sadia, Fay afirmou que a empresa "não tem qualquer tipo de pressão para nada", nem mesmo por parte de seus acionistas. A Perdigão tem como principais acionistas os fundos Previ e Petros.

Fay também desconversou sobre negociações que estariam ocorrendo entre a Perdigão e outras empresas do setor, como a Aurora, conforme também já chegou a ser especulado pelo mercado. "Em geral, este é um ano muito difícil para se tomar qualquer tipo de decisão", disse o presidente da Perdigão, referindo-se a grandes aquisições.

"Entramos o ano para manter a situação confortável do ponto de vista de caixa. O foco primordial da companhia é manter o balanço saudável. Oportunidades obviamente que aparecem aqui, lá fora...", acrescentou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Leopoldo Saboya. "Já deixamos claro anteriormente que o nosso grande plano é a internacionalização. Temos que olhar o mundo inteiro", disse Fay.

A Perdigão encerrou 2008 com R$ 1,976 bilhão em caixa, valor que supera a dívida bruta de curto prazo da companhia, de R$ 1,65 bilhão. A dívida bruta total da Perdigão, ao final do quarto trimestre, estava em R$ 5,366 bilhões.
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