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Conferência discute experiências de mobilidade urbana que deram certo

ABr

Transportes alternativos, pedágios urbanos e financiamento dos transportes estaduais são algumas das medidas para o controle da mobilidade urbana que deram certo em outros países e que foram apresentadas nesta quarta-feira (2) durante a 10ª Conferência das Cidades, na Câmara dos Deputados.

Participam do evento representantes do governo e da sociedade civil. Eles discutem os impactos e as soluções para os problemas da mobilidade urbana no país, principalmente os causados pelo aumento da frota de veículos nos grandes centros urbanos.

“Precisamos de um sistema de transporte para a maximização do bem estar coletivo e para a minimização dos impactos sociais e ambientais”, sugeriu o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rômulo Orrico, um dos palestrantes da conferência.

Segundo ele, o interesse individual é um dos principais fatores que geram problemas de mobilidade urbana no país. Citou como exemplo, o aumento de condomínios e de favelas na cidade do Rio de Janeiro. A maioria sem uma presença eficiente de transporte público. “Temos que possibilitar que as atividades aconteçam próximo aos eixos de transporte, ou seja, possibilitar a moradia e o trabalho próximo aos eixos de transporte”, disse.

O arquiteto Jaime Lerner, um dos participantes, defendeu a implantação de transportes alternativos nos grandes centros do país, como a locação de bicicletas, a implantação de veículos leves sobre trilhos (VLT) e ainda um sistema de ônibus de alta capacidade, operando em pista exclusiva. “Não adianta proibir o carro em uma área. Tem que dar alternativas de transportes ao cidadão”, afirmou. Jaime Lerner foi prefeito de Curitiba e implantou na cidade um corredor exclusivo para ônibus.

Para Alfredo Peres, diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é preciso melhorar a fiscalização para evitar um número grande de veículos circulando nas cidades de forma irregular, prejudicando a arrecadação de recursos para o setor.

“Trinta por cento dos veículos que transitam no país estão irregulares. É muito dinheiro de proprietários que não pagam pelo congestionamento e pela falta de mobilidade que causam, além da poluição ao meio ambiente”, disse.
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