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Professor Henrique denuncia escola dentro de hospital e secretário é convocado para dar esclarecimentos

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O deputado estadual Professor Henrique (PT), que está no cargo desde que Valdir Barranco (PT) se licenciou para ser candidato ao Senado, cobrou explicações, nesta terça-feira (24) a respeito da escola Luciene Cardoso, em Peixoto de Azevedo (610km de Cuiabá), que está instalada dentro de um hospital desativado. Sobre esta situação e também sobre o fechamento de 300 escolas em Mato Grosso, o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, deve prestar esclarecimentos em uma reunião no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) a partir das 8h de quarta-feira (25).

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“Eu fiz um mandato itinerante e não só a situação de Peixoto, mas a gente encontrou vários problemas das escolas públicas estaduais. E essa de Peixoto me chamou muito a atenção porque é uma escola que funciona dentro de um hospital desativado, com muitos alunos dentro de uma sala muito pequena e lá não é um ambiente propício para desenvolver o processo de ensino e aprendizagem, e o que revolta a comunidade é que a escola que era para funcionar foi desativada, demolida e só tem um alicerce, tem mais de dois anos que a escola não foi construída”, declarou Henrique.

O professor criticou a ação da Seduc, que afirmou que irá ‘remodelar’ diversas escolas do estado e remanejar alunos de áreas onde há colégios vazios. Para o deputado, o ideal seria fazer uma chamada pública para verificar se nas regiões escolhidas realmente não há crianças, jovens ou adultos fora da escola.

Nesta terça-feira (24) foi realizada na Assembleia Legislativa uma audiência pública para discussão do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2021 com a Secretaria de Estado de Fazenda. A LOA foi chamada de ‘histórica’ pelo secretário de Estado Rogério Gallo. Para o professor Henrique, no entanto, é preciso escolher as prioridades. “Um estado que se dá ao luxo de isentar quase R$ 6 bilhões, portanto praticamente o dobro daquilo que são receitas da educação, nós sabemos que tem condição de resolver. Então basta o Estado estabelecer prioridades, entender que a segurança pública é importante, mas se você investir pesado em educação, você não vai ter necessidade de investir pesado na segurança, e inclusive em condições de saúde”.

Reunião

A reunião com o secretário Alan Porto foi convocada pelo deputado professor Henrique Lopes e também pelo deputado Lúdio Cabral (PT), e depois transformada em convite pela Mesa Diretora. Via assessoria de imprensa, Lúdio vai cobrar do secretário explicações sobre o fechamento de cerca de 300 escolas estaduais em Mato Grosso e de 21 Centros de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) anunciados pelo governo, entre outras questões.

“O governador coleciona maldades contra a educação pública de Mato Grosso e contra os trabalhadores da educação. A mentalidade de patrão, mais uma vez, falou mais alto, e ele decidiu fechar 300 escolas estaduais para cortar custos. Mas o governador não considera o custo social dessas medidas economicistas”, afirmou Lúdio.

O deputado vai cobrar também esclarecimentos sobre a privatização da formação dos educadores com o fechamento dos Centros de Formação dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro), além de medidas para nomeação de classificados e habilitados no cadastro de reserva do último concurso e atribuição de aulas de professores interinos.

Na semana passada, Lúdio realizou uma reunião com o secretário, a equipe técnica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o Fórum de Educação de Jovens e Adultos e, na ocasião, Alan Porto se comprometeu a paralisar o fechamento dos Cejas e discutir com o fórum o projeto do governo para mudar a política de EJA em Mato Grosso. A Seduc deve apresentar os estudos ao fórum na próxima sexta-feira (27).
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