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VLT no Brasil tem problemas e obras paralisadas ou sequer iniciadas em várias cidades

Da Redação - Vinicius Mendes

Um levantamento do Governo do Estado apontou que no Brasil existem nove Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em funcionamento, dos quais três enfrentam ou já enfrentaram problemas, e três projetos futuros, entre eles o de Cuiabá-Várzea Grande, cujas obras estão  há seis anos paralisadas. O Estado reforçou que a melhor opção para a capital de Mato Grosso é o BRT.

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Os outros dois projetos futuros são do VLT de Sorocaba, cujas obras sequer foram iniciadas embora esteja previsto para entrar em operação neste ano de 2020; e o de Brasília Valparaíso, mas a previsão de começar a operar neste semestre foi descartada. Outros dois modais, em Goiânia e Campinas, também tiveram problemas para operar.

Entre os VLTs em funcionamento que já enfrentaram problemas, o da Baixada Santista, atualmente funcionando normalmente, foi paralisado em março por causa de um deslizamento de terra no túnel entre Santos e São Vicente.

O VLT do Rio de Janeiro, parte do projeto de revitalização da região central carioca para os Jogos Olímpicos de 2016, é deficitário. O número de passageiros transportados, que são de 60 mil diários, está bem abaixo dos 250 mil previstos.
          
As viagens da linha entre Natal e Ceará-Mirim, do VLT de Natal, foram paralisadas em maio deste ano, "por danos na estrutura de uma galeria pluvial que passa sobre a linha férrea".

A pandemia do coronavírus também influenciou no funcionamento de dois deles. O VLT de Teresina, a diesel, ficou paralisado entre março e novembro, retomando suas viagens com horário e capacidade reduzidas; enquanto o de Recife ficou parado 144 dias, retornando em agosto.

Sem perspectivas

Mesmo com a previsão de entrar em operação neste ano, nem há sinais de obras do VLT de Sorocaba, no interior paulista, com 13 quilômetros de extensão, enquanto o de Brasília Valparaíso, no entorno da capital federal, não tem previsão de começar a operar, segundo matéria publicada no Alô Valparaíso.

Goiânia 

Na capital goiana, três décadas depois do primeiro projeto, em 1989, a proposta foi retomada. Chegou a ser aberta licitação no modelo PPP (Parceria Pública Privada), com início das obras em 2015 e término em 2017.

Três anos depois, nas eleições municipais de 2020, candidatos propuseram  a troca do VLT pelo BRT (sistema rápido por ônibus, em português).

Campinas

Com 8 km de extensão, foi inaugurado em 1990, custou cerca de US$ 120 milhões (R$ 626 milhões no câmbio de hoje). Chegou a ser operado precariamente entre 1991 e 1995, mas foi desativado por diversos erros em sua implantação, como ausência de integração com ônibus e estações mal localizadas. 

Dois de seus túneis, se transformaram em abrigo para mendigos e pontos de prostitutas e drogados. "Quem passa pela estação abandonada do VLT, no Bairro Vila Rica, em Capinas, não imagina o submundo que existe debaixo dos trilhos que um dia serviram para transportar passageiros. (...) Cada túnel tem aproximadamente 100 metros de comprimento e por toda sua extensão é possível encontrar colchões e outros pertences dos moradores", diz matéria veiculada pela Agência Anhanguera.
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