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Emanuel acusa governador de falta de sensibilidade com usuário do transporte público

Da Redação - Max Aguiar

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que não irá aceitar o pedido do governo do Estado para cancelar a renovação da frota do transporte público de Cuiabá e ainda citou que o motivo do pedido do Palácio Paiaguás é a falta de sensibilidade do governador Mauro Mendes (DEM), porque ele não é usuário dos ônibus da capital. 

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"Entendo que a maioria das autoridades públicas não utiliza o transporte público como meio de locomoção e isso não é um problema. O problema é não demonstrar nenhum tipo de sensibilidade com o drama dos mais de 260 mil usuários que, diariamente, dependem exclusivamente desse meio para trabalhar, estudar ou ter um momento de lazer com sua família", afirmou.

Com a negativa de Emanuel ao pedido de Mauro Mendes, inicia-se mais um capítulo de briga entre os palácios Paiaguás e Alencastro. Em artigo escrito no fim de semana e encaminhado à imprensa, Emanuel explica os motivos que não irá acatar o pedido do governador. 

"O pedido tinha como base uma decisão unilateral tomada pelo mesmo que, sem abrir qualquer tipo de discussão com os gestores das cidades envolvidas, decidiu substituir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT).  Ao ler essa absurda solicitação, não tive dúvidas e, de imediato, contranotifiquei o governador do Estado de Mato Grosso o informando que tal pedido não será atendido, em nenhuma hipótese, pelo Palácio Alencastro", comentou Emanuel. 

No embate, o prefeito endossa que o que ele está fazendo moderniza o transporte público da capital, dando mais conforto ao usuário que precisa ir e vir todos os dias para o trabalho, escola ou outros afazeres. 
 
"Atualmente, Cuiabá conta com 382 ônibus que atendem as quatro regiões da cidade. No cronograma que estamos trabalhando, já no mês de maio 111 novos ônibus serão entregues. Além disso, também neste curto prazo, mais 90 veículos terão ar-condicionado. Ou seja, serão 201 veículos climatizados, o que corresponde a mais de 50% da frota. Com isso, seremos a primeira capital brasileira a alcançar esse número. 
E não vamos parar nisso! A contar deste começo, já temos também tudo planejado para os próximos anos. Em 2022, por exemplo, nossa determinação é que o número suba para 75% e, nos anos seguintes, iremos alcançar 100% da frota", escreveu o prefeito. 

Por último, Emanuel continua a dar "puxões de orelha" no governador e afirma que falta sensibilidade para o chefe do Executivo estadual. 

"Sou categórico ao dizer que não vamos atender esse pedido e isso está decidido! Primeiro toma-se uma decisão sem debater com o prefeito da cidade que será diretamente impactada e depois, da mesma forma individualizada, pede para que Cuiabá abra mão de seu trabalho? Não sabe se a porta do BRT abrirá para direita ou para a esquerda e agora quer que a população seja prejudicada? Isso não vai acontecer! Se for para prejudicar o povo, a resposta é e sempre será mil vezes não!", concluiu o prefeito. 
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