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Número de conflitos no campo cai 46% no primeiro semestre

Folha Online

O número de conflitos no campo caiu 46% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2009, foram 366 embates, contra 678 registrados nos mesmos meses de 2008. Os números constam de estudo realizado pela CPT (Comissão Pastoral da Terra).

Segundo a CPT, os principais motivos dos conflitos foram por terra, por água e por questões trabalhistas. Dos 366 combates ocorridos no primeiro semestre deste ano, 246 foram lutas por terra, envolvendo 25.490 famílias. Segundo o estudo, do total de família envolvidas, 93 foram expulsas da terra por ação dos proprietários e 4.475 foram despejadas por decisão judicial.

Ao todo, esses 366 conflitos envolveram 193.174 pessoas, com 12 assassinatos, 44 tentativas de assassinato, 22 ameaças de morte, 6 pessoas torturadas e 90 presas.

Os 678 conflitos registrados no primeiro de 2008 envolveram 301.234 pessoas. Nesse período, foram registrados 13 assassinatos, 32 tentativas de assassinato, e 38 de ameaças de morte.

A luta por terra também foi o principal motivo dos embates em 2008: 468 do total de 678, envolvendo 45.947 famílias. Do total de famílias, 1.079 foram expulsas e 6.542 despejadas.

O estudo da CPT também fez uma comparação proporcional entre os conflitos e as pessoas envolvidas. Segundo a CPT, A média nacional, em 2008, era de 445 pessoas envolvidas a cada conflito. Em 2009, este número salta para 528.

Em relação à violência, os números proporcionais mostram crescimento. Até 30 de junho de 2009, registrou-se 1 assassinato para cada 30 conflitos. Já em 2008, foi registrado 1 assassinato a cada 52 conflitos.

O estudo também mapeou as regiões do país onde mais ocorreram conflitos. O Centro-Oeste foi a que registrou maior violência: 3 assassinatos em 2009 contra 1 em 2008. Já o Sudeste apresentou crescimento no número de assassinatos: 2 neste ano contra nenhum no ano passado.
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