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Governador diz que ‘pressão‘ não dá resultado e Sintep precisa aprender que greve não deu ‘nada de positivo’

Da Redação - Isabela Mercuri

Após o sindicalista e suplente de deputado estadual Henrique Lopes (PT) afirmar que a categoria da educação pode entrar em “greve sanitária” se o governador Mauro Mendes (DEM) insistir no retorno às aulas presenciais em fevereiro, o chefe do executivo rebateu afirmando que “na base da pressão, não se tem resultado”.

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O governador falou sobre o assunto em entrevista à rádio CBN na manhã desta quarta-feira (13). “O sindicato não aprendeu que na base da pressão não tem resultado. Em 2019 fizeram 79 dias de greve e nada foi resolvido. Basta conversar, porque na pressão não se resolve. O Governo tem sensibilidade para tomar decisão em conjunto. Temos representantes, conselhos, assembleias para debater isso. Não precisa fazer ameaça para conversar com esse Governo. Já fizeram e não teve nada de resultado positivo para eles”, afirmou.

Henrique Lopes afirmou, em entrevista recente, que não há condições seguras para o retorno às aulas presenciais no Estado. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no entanto, já havia confirmado o retorno para o dia 8 de fevereiro deste ano, após quase um ano de ensino remoto.

No entanto, com a taxa de ocupação de leitos de UTI ultrapassando 60% por conta do crescimento dos casos da Covid-19, o secretário estadual de Educação, Alan Porto, anunciou na terça-feira (12) que irá ampliar o debate sobre o retorno ou não dos alunos para as salas de aula. A secretaria pretende realizar até uma enquete com pais para definir entre o sistema híbrido ou remoto na rede estadual de ensino.

Segundo Alan, a decisão sobre a forma que as aulas serão ofertadas deve ser tomada até sexta-feira (15), mas mantém o retorno às aulas para 8 de fevereiro. Até essa terça-feira (12), conforme o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o estado de Mato Grosso registrou 4708 mortes pela Covid-19 e 192.353 casos confirmados da doença.

Ainda nesta quarta-feira (13), Mendes afirmou que os dados são preocupantes, e tudo será decidido com cautela. "Ontem tivemos reunião com Allan da Seduc e Gilberto da saúde para tratar de volta as aulas. Mas, a segunda onda está afetando o planejamento. Eu pedi que o Alan conversasse com sindicatos, pais, professores, para ouvir opinião e fazer o que é correto. Nós estamos trabalhando com duas alternativas: voltar com retorno seguro ou de forma on line, assim como foi ano passado, com melhores condições. Mas é praticamente certeza que dia 8 de fevereiro tenha aula, talvez não seja presencial como foi previsto. Mas, estamos fazendo esse trabalho e temos um tempinho para tomar essa decisão para saber se volta com 50% de alunos um dia e outros 50% no outro". 
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