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“Posso assegurar a todos que serão dramáticos os próximos dias”, diz Gilberto sobre aumento de casos de Covid-19

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Fabiana Mendes

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que não há perspectiva de ampliação de leitos de UTI no Estado nos próximos dias, por impossibilidades técnicas. Segundo ele, com a velocidade de crescimento do número de casos, os próximos dias “serão dramáticos”. O titular da pasta ainda disse que cada cidadão que não seguiu as medidas de segurança tem responsabilidade nisso.
 
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De acordo com o secretário, o recente crescimento do número de casos de Covid-19 em Mato Grosso se deve a diversos fatores, como a campanha eleitoral e as eleições em 2020, mas também as comemorações de fim de ano.
 
“Nós temos um crescimento que vem acontecendo por vária razões, nós tivemos campanha eleitoral, tivemos eleição, estamos agora em um momento de férias, é comum vermos nas redes sociais amigos e colegas que estão na praia, ou seja a população está se comportando já como se a pandemia não existisse, e a proliferação da contaminação acontece também por este motivo, se nós conseguíssemos um isolamento social intenso, com todo mundo usando máscara e fazendo higienização das mãos, isso não teria acontecido, mas se perdeu o controle, a população não obedece mais às medidas de segurança”, disse.
 
Gilberto afirmou que com a velocidade do crescimento do número de casos, muito em breve não será possível atender a todos os que necessitarem de leito de UTI, que hoje está com ocupação de 66%.
 
“Temos que reconhecer que o arbítrio da população está determinando, e muitos estão em uma aposta, se vai precisar ou não de leito, eu posso assegurar a todos que serão dramáticos os próximos dias porque não há possibilidade técnica de ampliação com velocidade dos leitos de UTI”.

De acordo com o secretário faltam profissionais especializados para isso no país inteiro, além do fato de que demora-se de 20 a 30 dias para colocar leitos novos. Gilberto afirmou que cada cidadão “tem que assumir o risco pelas decisões que está tomando”.
 
“As pessoas que estão fazendo isso talvez não sentiram ainda na família, muito próximo delas, a perda de uma vida pela Covid-19. Eu acabei de sair da situação mais desconfortável da minha vida, eu sei o que é passar por isso, e não quero isso para ninguém”.
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