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Serra vê "trololó político" em críticas à cobrança em hospitais públicos

Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quarta-feira que é um "trololó político" as críticas em torno do projeto de lei que viabiliza parcerias do governo estadual com OSs (organizações sociais) na área da saúde, o que permitirá o atendimento de pacientes particulares --mediante cobrança do atendimento aos planos de saúde-- nos hospitais públicos.

O projeto foi aprovado ontem pela Assembleia Legislativa por 55 a 17, permite que fundações de apoio a hospitais de ensino, entidades de defesa de direitos de deficientes, de cultura e de esportes do Estado possam ser geridas pelas OSs (Organizações Sociais). 25% dos atendimentos hospitalares geridos pelas OSs no Estado serão destinados a pacientes de planos particulares de saúde.

Questionado se a medida poderia causas transtorno no atendimento, Serra disse que isso é um "trololó de quem é contas as organizações sociais". "Isso é um trololó político", reclamou.

Segundo ele, a medida vai até melhorar o atendimento, a partir do momento que o Estado deixará de "subsidiar os planos de saúde" quando atender uma pessoa que possui um plano. Segundo estimativas da Secretaria da Saúde, a medida pode elevar o atendimento em 25% e reduzir o gasto em 10% nos hospitais onde forem implantados o mecanismo.

"Em São Paulo, 40% da população tem plano de saúde, então nada mais justo que, quando for atendido em uma unidade mantida pelo governo, que o plano pague. Ninguém deixará de ser atendido", disse Serra durante a inauguração do Centro de Reabilitação Lucy Montoro, na zona sul de São Paulo --este um exemplo de OS, já que será gerido pela Faculdade de Medicina da USP.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, uma prova de que o sistema será positivo para o atendimento público de saúde é o bom conceito de hospitais como o Incor (Instituto do Coração) e o Hospital das Clínicas, que já atuam de forma semelhante ao proposto pela lei.
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