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Percival defende compensação ambiental no pré-sal

Da Redação com Assessoria

O deputado estadual Percival Muniz (PPS) levantou esta semana na Assembleia Legislativa a discussão de um fundo ambiental no pré-sal, com intuito de minimizar a poluição que será gerada pela extração do petróleo no Pré-Sal. Para Percival, esta é a hora de se discutir, dentro dos projetos de regulamentação do pré-sal, que estão no Congresso Nacional, um componente ambiental.

“Mato Grosso deve fazer gestões para conseguir 1% da renda da venda do petróleo destas reservas, como forma de compensar o trabalho em preservar suas reservas ambientais”, diz Percival, observando que, dentro do que está se estimando que serão gerados, R$ 300 bilhões, ao país pela extração do petróleo na faixa do pré-sal, se o fundo for criado, conforme ele está propondo (1%), os estados amazônicos terão R$ 3 bilhões para financiar seu desenvolvimento sustentado.

De acordo com Percival, Mato Grosso não pode perder tempo para lutar pela criação deste fundo ambiental no pré-sal. “Esta é a hora de mobilizarmos todos os Estados Amazônicos para garantirmos esse componente que recompensará o nosso sofrido povo para preservar a floresta”. Hoje, o crédito de uma tonelada de carbono na Europa vale entre 23 e 25 euros e no Brasil há 64 milhões de toneladas de crédito de carbono acumuladas na floresta.

Muniz cita que os primeiros estudos dizem que o óleo do pré-sal libera quatro vezes mais CO², gás carbônico. “Com isso, para fazer a despoluição será preciso preservar a floresta. Desta forma, proponho que os estados que não são produtores de petróleo tenham recursos para financiar uma política de desenvolvimento sustentado”.

Ele ressalta que o governador Blairo Maggi (PR), devido o seu trânsito internacional que tem, e junto ao governo Lula, possa liderar a mobilização dos estados amazônicos. Por isso, quando Maggi voltar da viagem à África do Sul, adianta que irá conversar com ele sobre a importância dele liderar a discussão da criação do fundo ambiental.

“Vou mostrar para ele (governador Maggi) que é importante não perder a discussão. Este é o momento, pois o Congresso só terá 90 dias (45 na Câmara e 45 dias no Senado) para aprovar toda a regulamentação do pré-sal. Serão 300 bilhões de litros de petróleo que serão tirados do solo brasileiro, uma quantidade de carbono no ar maior que toda a existente hoje. E o que estamos defendendo é que nós possamos receber, em forma de compensação, pela preservação ambiental de nosso estado e daregião", argumenta o deputado.
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