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Gordon Brown condena atentado a quartel na Irlanda

AP-Down Jones

As forças britânicas permaneceram em alerta máximo neste domingo na Irlanda do Norte (Ulster), após dois soldados terem sido mortos ontem em um ataque. O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse que o atentado não levará a Irlanda do Norte de volta às lutas sectárias.

Um atirador com uma metralhadora entrou em um quartel no sábado e disparou mais de 40 tiros contra os soldados britânicos. Dois soldados foram mortos e outros quatro homens ficaram feridos, no quartel dos Engenheiros Reais em Massereene, ao noroeste de Belfast. Foi o pior ataque em número de baixas para as forças britânicas desde que um soldado foi morto por um franco-atirador em 1997.


Brown disse que foi um ataque "covarde". "Eu posso garantir que nós vamos trazer essas pessoas à Justiça", disse Brown. "Nenhum assassino será capaz de prejudicar o processo de paz, que tem o apoio da vasta maioria do povo da Irlanda do Norte e nós aumentaremos nossos esforços para que o processo seja permanente".


O ataque ocorreu apenas 36 horas após o chefe da polícia da Irlanda do Norte, Hugh Orde, ter revelado que forças especiais do Exército da Grã-Bretanha foram convocadas para monitorar grupos dissidentes do Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês). Orde disse que os dissidentes planejavam matar um policial. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque ao quartel.


A Irlanda do Norte viveu três décadas de violência entre católicos e protestantes, com a morte de aproximadamente 3 mil pessoas. A violência foi contida após a assinatura dos acordos de paz de 1998, quando o Exército Republicano Irlandês (IRA) concordou em depor as armas. Os ataques de paramilitares protestantes e insurgentes católicos têm sido raros, mas os últimos 18 meses assistiram a uma retomada em episódios violentos, provocados por dissidentes do IRA contrários ao processo de paz.
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