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Secretário cita cuidado com ‘atravessadores’ na compra de vacina: “oferecem mundos e fundos”

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Max Aguiar

O governo de Mato Grosso, assim como o de todos os outros Estados do país, tenta de todas as formas buscar meios para comprar vacinas contra a Covid-19, devido – principalmente – a demora da União em adquirir novas doses, o que já causou a paralisação da campanha em diversas cidades pelo pais. Outro grande problema, segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, são os ‘atravessadores’ que aparecem oferecendo “mundos e fundos”. Por conta disto, a orientação do alto escalão mato-grossense é de somente fazer a aquisição de imunizantes com total segurança jurídica e de fornecedores com credibilidade.

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“Estamos em tratativas com vários laboratórios, encaminhando cartas de intenção. A nossa expectativa é de comprar 1,5 milhão de doses. Compraremos aquela que tivermos garantia e segurança e que seja de um custo adequado”, explicou Gilberto Figueiredo.
 
Porém, até o momento, nenhuma cidade ou Estado conseguiu encontrar um vendedor. Isso porque os fornecedores têm optado por negociar direto com o Ministério da Saúde. “Existem atravessadores e representantes oferecendo mundos e fundos, por isso é preciso ter muito cuidado”.
 
“Quando fizermos a compra terá que ser com a segurança jurídica e de um fornecedor com credibilidade. A questão de valores ainda é muito variada e um pouco desconhecida. O que se fala é que a da Astrazeneca tem propostas de sete dólares por dose, enquanto que a Sputnik V seria de dez dólares. Baseando que são necessárias duas doses de cada, você já dobra o pacote. É bastante dinheiro envolvido nisto, por isso temos de fazer tudo com responsabilidade”, finalizou Gilberto.

Atualmente, Mato Grosso - assim como os demais Estados da Federação - só utiliza as vacinas que são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Imunização (PNI), e que têm chegado ao Estado de forma lenta e gradual, comprometendo a distribuição aos 141 municípios.
 
Mato Grosso já tentou adquirir doses das vacinas diretamente das indústrias farmacêuticas Sinovac (que produz a Coronavac junto ao Butantan) e Sinopharm (cuja vacina está sendo usada na China). Além disso, o governador Mauro Mendes também tentou obter imunizantes da Pfizer, mas a farmacêutica respondeu que só negocia as vacinas diretamente com governos federais.
 
Por falta do imunizante, as cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Cáceres já suspenderam a vacinação e mantêm apenas a aplicação da segunda dose, até que o Ministério da Saúde disponibilize novos lotes.
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