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Vídeo mostra local em que fisioterapeuta despencou em hotel do RJ durante crise de sonambulismo

Da Redação - Wesley Santiago

Vídeo gravado pela mãe da fisioterapeuta e profissional da linha de frente de combate à Covid-19 em Cuiabá, Talyssa Oliveira Taques, de 27 anos, mostra a janela em que despencou após uma crise de sonambulismo. Ela confundiu a janela do terceiro andar do hotel no RIo de Janeiro, em que estava hospedada, com a porta do banheiro. Uma vaquinha está sendo feita para tentar a transferência dela para a capital mato-grossense.

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Nas imagens, a mãe da fisioterapeuta, Angélica Oliveira, mostra o quarto onde a profissional da saúde estava. É possível perceber que a janela tem um  parapeito baixo.

Além disto, é possível ver também o porão em que a fisioterapeuta caiu. Até o momento, a vaquinha arrecadou R$ 25,5 mil dos R$ 89 mil pretendidos., com a ajuda de 320 doadores.
 

O caso

Talyssa, que trabalha no Hospital São Mateus e no Hospital Referência à Covid-19 de Cuiabá, estava com a mãe, o pai e mais dois irmãos, que são de Mato Grosso, a passeio na cidade.

Em entrevista ao Olhar Direto,  Angélica Oliveira, mãe da fisioterapeuta, relatou o drama que a família tem enfrentado para poder trazer a filha de volta para Cuiabá. Atualmente ela se encontra internada no Hospital Israelita Albert Sabin, em Copacabana, mas o plano de saúde não cobriu todo o atendimento que ela precisou e, por isso, agora a família organiza uma campanha de financiamento coletivo on-line para trazer a médica de volta para a capital em uma UTI aérea, que custa cerca de R$ 90 mil.

“É um hospital particular, graças a Deus ela tem o plano de saúde dela, só que os honorários médicos e parte da cirurgia não teve cobertura, o plano dela trabalha através de reembolso. Quando ela receber alta ou for removida para Cuiabá nós teremos que fazer esse acerto. O que ela precisa  agora é fazer a remoção com uma UTI aérea pra Cuiabá, porque não tem condições dela vir em um avião normal porque ela não esta andando. Ela sangrou muito na cirurgia,  está com pneumotórax, houve umas complicações no pulmão agora. Nos estamos fora do estado, tudo é muito difícil, muito caro, as despesas são muito altas aqui e longe da família é pior ainda”, desabafa Angélica.

A mãe da fisioterapeuta contou que a filha estava exausta do trabalho intenso realizado durante a pandemia e por isso decidiu ir com a família em uma viagem de passeio para Copacabana.

No entanto, na madrugada do dia 5 de fevereiro, um dia após a sua chegada, ela teve uma crise de sonambulismo e confundiu a janela do quarto, que fica no terceiro andar, com a porta do banheiro.

De acordo com o relato feito pelo médico neurologista do Hospital Israelita à Angélica, a crise que ocasionou o acidente de Angélica pode ter relação com o cansaço intenso e o desgaste de Talyssa durante o trabalho de enfrentamento à pandemia na capital.

“Ela vinha de vários plantões, então ela estava exausta, muito cansada, o neurologista disse que aqui quando o corpo e a mente dela descansou ela teve uma crise de sonambulismo”, declarou.

“Nós chegamos e fomos direto para o restaurante, jantamos e em seguida eu, meu esposo e os menores fomos para ao hotel. A Talyssa pegou um uber e foi encontrar com uma amiga dela, que também é fisioterapeuta, ambas do Hospital São Mateus ai em Cuiabá e estavam aqui também a passeio”, relembra a mãe sobre a noite do acidente.

“Na volta, elas entraram, subiram para o quarto, no terceiro andar e por volta de 3h da manha a amiga dela dormiu e não viu o que aconteceu. Simplesmente acordou e a Talyssa já não estava mais no quarto”, conta Angélica.

“Por volta de 3:35h da madrugada, o segurança do hotel encontrou ela na área de serviço, caída, onde eu fui comunicada, que minha filha estava caída la embaixo no porão”.

Sobre o acidente, a mãe da fisioterapeuta conta que tem vivido momentos difíceis ao lado da filha. Nesta sexta-feira (19), completam 16 dias que a jovem está internada. "São imagens fortes, imagens horríveis, que nenhuma mãe deveria ver. Eu estou em choque até hoje. Eu vejo o sofrimento da minha filha, a dor constante, o medo de não voltar a andar, porque isso vai depender de muita recuperação e reabilitação".

Nesse momento, a família conta com a colaboração de todos aqueles que possam e queiram contribuir com a campanha de financiamento para trazer Talyssa para Cuiabá. Os interessados podem realizar doações através do endereço da vaquinha on-line .

A família também está recebendo doações em dinheiro na conta bancária da fisioterapeuta:

Agência: 2128-8
Conta Corrente: 30176-0
Banco: Banco do Brasil
Titularidade: Talyssa Oliveira Taques
CPF: 046593161-81 
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