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Por conta de som alto de vizinhos, jovem com síndrome rara faz vaquinha para conseguir isolamento acústico do quarto

Da Redação - Michael Esquer

Gabriel Lucas Glaudie Lei da Silva, de 23 anos, portador de distrofia muscular de Duchenne, síndrome rara sem cura, tem passado por momentos difíceis com os vizinhos da casa onde vive no residencial Nico Baracat III, em Cuiabá. O jovem que apresenta crises quando é exposto a ruídos altos, tem tido surtos frequentes em decorrência do comportamento de moradores de residencial que frequentemente ligam o som em volume alto.

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Em entrevista dada ao Olhar Direto, Tânia Maria Gaudie Lei, mãe de Gabriel, relatou o drama que tem atravessado com o filho. Os dois, que se mudaram há pouco tempo para o residencial, revelaram que tiveram o sonho transformado em pesadelo.“Às vezes o som começa tarde e atravessa a madrugada, ele fica nervoso, fica ansioso porque o som é muito alto, a gritaria é muito alta. Eles começam a beber, não conversam baixo, conversam berrando”, conta a mãe.

Além da síndrome, Gabriel também sofre com taquicardia e arritmia cardíaca, o que compromete ainda mais o seu quadro de crise desencadeado pela exposição a som alto. Segundo a mãe, há dias que a música toca tão alto na casa de seus vizinhos, que eles sequer conseguem dormir. “A gente fica nervoso, ele não consegue dormir, a pressão sobe mais rápido, passa mal”, desabafa.

A mãe do jovem conta que por várias vezes recorreu à Polícia Militar para intervir na situação, sem sucesso. Segundo Tânia, desde que foram feitas as denúncias, nenhuma equipe compareceu ao local para tentar resolver a situação dela e do filho."Eu fico muito preocupada, ele não dorme, eu não durmo, eu tenho que estar ajudando ele a dar banho, a levar no banheiro, ele é totalmente dependente de mim”, comenta.

Por temer que o estado de saúde de seu filho piore, em decorrência da persistência do barulho dos vizinhos, e evitar mais desentendimentos, a mãe do jovem decidiu, nesta sexta-feira (26), iniciar uma campanha de financiamento coletivo para instalar um sistema de isolamento acústico no quarto do filho. Segundo Tânia, obra representa a esperança do fim das crises recorrentes do filho. 

“Eu pensei nesse isolamento acústico para poder colocar pelo menos no quarto dele, para ver se ameniza a situação. Com essa doença e esses barulhos, meu filho pode morrer a qualquer momento, não está sendo fácil”, acrescenta.

Os interessados em ajudar a família a adquirir o sistema de isolamento acústico para o quarto de Gabriel podem realizar doações de qualquer na vaquinha que foi criada em seu nome.

Para outras formas de ajuda o contato com Tânia pode ser feito através do telefone 65 99243-5554.
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