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Mauro questiona posicionamento de Emanuel e diz que cabe ao MPE ‘enquadrar’ prefeitos que não seguirem decreto

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Após decretar lockdown parcial em todo o estado, o governador Mauro Mendes (DEM) questionou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que neste final de semana se posicionou contra a restrição de horários para atividades econômicas. Em março do ano passado, quando a Covid-19 chegou à Capital, o emedebista não demorou em adotar medidas de fechamento do comércio, recebendo críticas de diversos setores e do próprio chefe do Executivo estadual.

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“Muito estranho essa fala do prefeito de Cuiabá, pois lá atrás, quando teve o primeiro caso da Covid-19 em Cuiabá, ele decretou lockdown. Eu fui totalmente contra. Neste momento, estamos diante de um caos eminente. Naquele, não tínhamos ninguém nas UTIs ainda”, declarou Mauro, durante coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (1º).

O posicionamento contrário ao lockdown de Emanuel surgiu após o Ministério Público Estadual (MPE) pedir que a Justiça obrigasse os prefeitos da Região Metropolitana de Cuiabá a fechar o comércio, como medida de controle à Covid-19. O gestor defende que um toque de recolher é suficiente para controlar a pandemia.

Já prevendo uma eventual negativa do prefeito em cumprir a determinação de fechamento das atividades econômicas e toque de recolher a partir das 21h, Mauro afirmou que o decreto é impositivo. Reforça que os gestores não podem flexibilizar a determinação e que em caso de não cumprimento, caberá o enquadramento por parte do Ministério Público Estadual (MPE) e outros órgãos de controle enquadrar.

O decreto passa a valer a partir de amanhã em todos os 141 municípios e vale por 15 dias. De segunda à sexta, o documento determina a proibição de todas as atividades econômicas das 19h às 5h. Aos sábados, a proibição será após o meio-dia. Nos domingos, nenhuma atividade será permitida. A exceção fica por conta das farmácias, serviços de saúde, funerárias, postos de gasolina (exceto conveniências) e indústrias. Além disso, haverá toque de recolher a partir das 21h até às 5h.
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