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Explosões matam 15 pessoas no noroeste do Paquistão

AFP

Um carro-bomba explodiu hoje no noroeste do Paquistão enquanto a polícia tentava tirar um corpo de dentro do veículo, informaram autoridades locais. A explosão provocou a morte de oito pessoas, em meio às crescentes preocupações da comunidade internacional sobre a estabilidade do país - que possui armas nucleares. Essa parece ser a primeira vez que os militantes usam um corpo como isca. Além disso, outras duas explosões mataram sete pessoas em outras partes do noroeste paquistanês.

Separadamente, oficiais locais informaram que estão investigando relatos de que um avião teleguiado sem tripulantes caiu próximo de uma tribo na região. Acreditasse que essas aeronaves são operadas pelo serviço secreto norte-americano, a CIA, e que lançam com frequência ataques de mísseis contra alvos militares no Paquistão.

As explosões ocorreram poucos dias depois de um homem armado ter atacado o time de críquete do Sri Lanka no leste do Paquistão e precede manifestações antigoverno envolvendo o principal partido de oposição, cujo líder foi recentemente impedido de assumir o cargo.

O aprofundamento da crise política preocupa os EUA e outros países do Ocidente que desejam que o Paquistão se concentre no combate aos milicianos. Suspeita-se que militantes da Al-Qaeda e do Taleban estejam usando pequenos esconderijos no norte do Paquistão como base para planejar ataques contra os EUA e as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no vizinho Afeganistão - além de planejar ações contra potenciais alvos no próprio Paquistão.

O secretário do exterior da Grã-Bretanha, David Miliband, disse na sexta-feira que seria "vital" que os políticos locais parassem de se digladiar e se unissem "contra a ameaça mortal que o Paquistão enfrenta, que são seus inimigos internos". Militantes têm deflagrado diversos ataques contra forças de segurança na fronteira com o Afeganistão - incluindo as explosões ocorridas hoje.

As outras duas explosões aconteceram na cidade de Darra Adam Khel, na remota vila de Tirah, em Khyber. A primeira levou à morte três civis e feriu quatro militares. A segunda, que aconteceu em uma mesquita e resultou na morte de quatro pessoas e ferimentos em outras cinco, foi realizada por um homem-bomba.
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