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Após reaproximação, Hillary critica postura da Rússia

G1

Um dia após a Otan reatar laços com os russos, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, condenou nesta sexta-feira (6) em Bruxelas o uso de energia como arma política, um dia depois de a Rússia ter ameaçado cortar o fornecimento de gás para a Ucrânia, em um movimento que poderia ter afetado abastecimento na Europa.

A crise parece ter sido contida na quinta-feira (5), depois que a estatal russa Gazprom disse que a Ucrânia havia efetuado os pagamentos que estão no centro da disputa, mas líderes europeus ficaram perturbados com os alertas do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.
Hillary condenou a invasão da Geórgia pela Rússia em agosto, que ocorreu perto de um importante duto de gás que abastece a Europa, e alertou contra países que usam a energia para aumentar sua influência política.

"Nós estamos... perturbados pelo uso da energia como ferramenta de intimidação", disse ela em uma audiência no Parlamento Europeu. "Nós achamos que isso não interessa à criação de um sistema energético melhor e mais eficiente."

Hillary, porém, disse que os EUA pensam em retomar acordos com a Rússia, mas deu um aviso para os demais representantes europeus. Disse que a reaproximação com os russos não vai reduzir o apoio para com os demais países do continente.

Atuação conjunta

A União Europeia e os Estados Unidos comprometeram-sea trabalhar em conjunto nas principais questões mundiais, como a crise financeira, a mudança climática o conflito no Afeganistão e as relações com a Rússia.

Europeus e americanos, "devemos nos estabilizar na mesma agenda", afirmou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, depois de se reunir com a cúpula de Relações Exteriores do bloco europeu.

Na reunião "apresentamos ideias e preparamos o terreno para a futura colaboração", acrescentou Hillary, ressaltando que o governo do presidente Barack Obama quer levar a cooperação entre a UE e EUA "a um novo nível".
Na Turquia

Hillary chega nesta sexta à noite à Turquia, à qual pedirá maior participação na missão militar internacional no Afeganistão e que permita o uso de solo turco para a retirada das tropas americanas no Iraque.

Segundo a imprensa turca, a lista de pedidos de Hillary ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, destaca o desejo da Casa Branca que de que Ancara amplie seu atual dispositivo no Afeganistão e participe com tropas de combate.

Atualmente, 800 soldados turcos encontram-se nos arredores de Cabul, mas não estão autorizados a participar de missões de combate, sendo limitados a vigilância e reconstruções.

Os EUA ainda estudam a possibilidade de usar o porto de Mersin, no sul do país, como uma base de operações para a retirada das tropas do Iraque, como ocorreu pelo país para concentrar a suas forças antes da invasão em 2003.
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