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Neurilan diz que declaração de Gilberto sobre UTIs é “absurda, desproporcional e grande contrassenso”

Da Redação - Isabela Mercuri

O presidente da Associação Mato-grossense de Municípios (AMM), Neurilan Fraga, afirmou que a fala do secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo à respeito da abertura de novas UTIs é “absurda, desproporcional e um grande contrassenso”. Gilberto havia afirmado que os prefeitos podiam abrir os leitos sem “perder tempo” enviando ofício ao Estado. Para Fraga, essa afirmação é uma tentativa de transferir para os municípios a responsabilidade de instalação dos leitos, que é uma atribuição dos governos estadual e federal.

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"O secretário Gilberto Figueiredo sempre está colocando sobre os ombros dos prefeitos responsabilidades que são dele, como gestor da saúde no estado. Lamentavelmente não é a primeira vez que ele faz declarações querendo jogar a população contra os gestores municipais", afirmou.
 
O presidente da AMM ainda lembrou que há alguns meses a instituição encaminhou ofício para o Governo do Estado alertando sobre o risco de faltar oxigênio nos municípios. "Na ocasião, o secretário afirmou que se faltar oxigênio, será porque os prefeitos "barrelaram", induzindo a população a acreditar que os prefeitos seriam os responsáveis pela falta do produto. Não é à toa que existe um descontentamento quase geral dos prefeitos com relação ao atendimento recebido pelo secretário de Saúde", disse Neurilan.
 
De acordo com a assessoria da AMM, muitos dos prefeitos que se propuseram estabelecer uma parceria com o estado para a implantação de  leitos de UTI e clínicos têm reclamado da indiferença do secretário. “Entendemos que os municípios têm o compromisso de oferecer serviços na rede de saúde com qualidade para a sua população. Não obstante o governo estadual, através da secretaria de saúde é o responsável pelos serviços de média e alta complexidade, cabendo aos municípios a atenção primária, através da saúde preventiva", assinalou.
 
Para Neurilan, é uma grande incoerência, neste momento crítico da pandemia, declarações descabidas do secretário, sem o menor fundamento. "Neste momento, o que mais precisamos é unir forças entre os governos federal estadual, municipal e demais poderes, juntamente com a sociedade organizada e a população de uma forma geral, para combater o inimigo número um de todos nós, que é o novo coronavírus, e não ficar colocando a culpa em quem não é culpado", concluiu.
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