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“Esse foi o presente que a prefeitura deu no aniversário de Cuiabá”, afirma Carvalho sobre vacinação adiada

Da Redação - Airton Marques

Secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho esteve pessoalmente no Senai, local em que o estado montou um posto de vacinação das Forças de Segurança que atuam em Cuiabá, e demonstrou irritação com o adiamento do início da aplicação das doses.

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Além de culpar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) pela não chegada dos imunizantes, afirmou que o emedebista politizou a questão. A expectativa era de que ao menos metade dos 1,6 mil agentes (na faixa etária de 73 a 48 anos) recebessem a primeira dose da vacina nesta quinta-feira (08).

“Infelizmente politizaram o salvar vidas. Isso que é triste. Se tivessem cumprindo o combinado, não estaria acontecendo nada disso hoje. O cadastro foi aberto pela prefeitura. As pessoas só deslocaram para cá hoje, pois fizeram o cadastro no site da prefeitura e o município não mandou as vacinas”, disse.

Ao culpar a gestão municipal, o secretário ainda disse que esse foi o presente dado aos profissionais que moram na Capital. “Sinto muito. No aniversário de Cuiabá, é esse o presente que a prefeitura dá para as pessoas que cuidam da segurança da nossa gente. É lamentável uma postura como essa”.

Carvalho explica que a vacinação das Forças de Segurança teve autorização dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, além do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems-MT) e do próprio Ministério da Saúde. Afirma que o posto na Capital foi montado em acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, que é a responsável por disponibilizar as doses, numa tentativa de não lotar mais o Centro de Eventos do Pantanal, onde funciona a polo da campanha de imunização na Capital.

De acordo com o estado, as doses estavam na Central de Distribuição da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e que já havia autorização do Consems para que o município fosse até lá retirar as 1,6 mil doses. Tal retirada e feita por uma servidora municipal, responsável por acessar o sistema do Programa Nacional de Imunização (PNI), que faz o controle da distribuição dos imunizantes.

Tal servidora, no entanto, estaria de folga. Após muito diálogo, Carvalho e o secretário Alexandre Bustamante (Segurança Pública) conseguiram a liberação das vacinas. Mas, de acordo com os gestores, não seria possível vacinar os agentes que já aguardavam há horas no Senai, pois não havia agulhas, seringas e caixas térmicas para o armazenamento dos imunizantes. Com isso, a decisão foi deixar para aplicar todas as 1,6 mil doses nesta sexta-feira (09), a partir das 9h.

“Tem uma semana que a secretaria de Segurança está conversando com a prefeitura. Não teve problema de diálogo. Conversa foi o que mais teve. Infelizmente eles não cumpriram a parte deles. A SES está providenciando todos os insumos junto aos hospitais Metropolitano e Santa Casa. Vamos nos organizar hoje e amanhã nós retomamos”, completou.
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