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FioCruz aponta que Centro-Oeste tende a cenário crítico por Covid-19 nas próximas semanas

Da Redação - Fabiana Mendes

Mato Grosso é um dos estados com as maiores taxas de incidência e mortalidade por Covid-19. Esse padrão coloca Centro-Oeste como uma região crítica para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde, segundo novo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz.

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Segundo o Boletim, múltiplos fatores contribuíram para este novo patamar da pandemia. Para enfrentar o atual cenário, os pesquisadores ressaltam que é fundamental a combinação de diferentes medidas, envolvendo as não-farmacológicas, o sistema de saúde e as políticas e ações de proteção e assistência social para redução da vulnerabilidade e do impacto social.

“É preciso que haja convergência e integração dos diferentes poderes do Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário), assim como os diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), com participação das empresas, instituições e organizações da sociedade civil (de nível local ao nacional) para o enfrentamento deste momento bastante crítico e grave da pandemia”, alertam.

Dezenove estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%, incluindo Mato Grosso com 98%. Vinte e uma capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 superiores a 90%, entre elas Cuiabá.
 
O Observatório Covid-19 Fiocruz tem como função produzir informações para ação. Seu objetivo geral é o desenvolvimento de análises integradas, tecnologias, propostas e soluções para enfrentamento da pandemia por Covid-19 pelo SUS e pela sociedade brasileira. 

Para os óbitos, a comparação entre as semanas epidemiológicas 1 e 12 mostrou um crescimento global de 468,57%. As faixas que mantiveram crescimento superior ao global foram 20 a 29 (872,73%); 30 a 39 (813,95%); 40 a 49 (880,72%); 50 a 59 (877,46%); e 60 a 69 anos (566,46%). 

Responsáveis pelo Boletim, os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz verificaram que a faixa etária de 20 a 29 anos, que durante a Semana Epidemiológica (SE) 10 teve aumento inferior ao aumento global (256%), após uma atualização dos dados, passou a apresentar crescimento de 876% naquela semana (7 a 13 de março). Agora na análise mais recente (SE 12), o crescimento foi de 740,80%, também maior do que a média global (701,58%).
 
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