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Mortes entre idosos diminuem 72% e entre mais jovens sobe mais de 50%

Da Redação - Fabiana Mendes

Com a vacinação ocorrendo entre os mais velhos, o número de mortes em decorrência da Covid-19 diminuiu. Dados dos Cartórios de Registro Civil do Estado mostram uma redução de 72% nas mortes de pessoas entre 90 e 99 anos; de 32% entre aquelas de 80 a 89 anos; e de 7% entre os que possuem entre 70 e 79 anos - este último grupo ainda em período de quarentena entre as aplicações de doses e efeito da vacina -, na comparação entre a média de óbitos destes grupos desde o início da pandemia e os primeiros 15 dias do mês de abril deste ano.

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Os idosos da faixa etária entre 90 e 99 anos representavam, em média, 3,1% do total de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia. Em março, já com os primeiros reflexos da vacinação para esta idade, passaram a representar 1,7% dos óbitos e, nos primeiros dias de abril, 0,8% do total de falecimentos.

A faixa entre 80 e 89 anos, passou de uma média de 13,1% do total de mortos para 11,1% em março, e para 8,9% em abril. Já os óbitos entre a população de 70 a 79 anos que acabou de receber a 2ª dose da vacina, passou de uma média 21,3% do total de óbitos para 19,8% em abril, dando início a uma redução.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

De acordo com André Luis Bispo, presidente da Arpen/MT, a vacinação em massa é a única saída para o Estado. "Desde o início da pandemia, o Portal da Transparência tem permitido um acompanhamento em tempo real das mortes registradas, e agora, pode-se observar a queda e aumento dos óbitos por faixa etária".

Mais jovens estão morrendo

Se no começo da pandemia, a faixa etária de pessoas com idades entre 60 e 89 anos eram aquelas que proporcionalmente mais vinham a óbito causado pelo novo coronavírus no Estado, este cenário começa a se alterar, com o aumento proporcional de mortes entre pessoas de faixa etária mais jovem, que vão dos 30 aos 59 anos. A mudança teve início em fevereiro, com aumento em março, que se mantém nos primeiros dias de abril.

Os óbitos de pessoas com idades entre 20 e 29 anos, que até o mês de março representavam, em média, 1,9% dos falecimentos por Covid, se mantiveram no mesmo patamar de 1,9% em abril, com leve crescimento percentual de 2% no número de mortes. Os óbitos de pessoas com idades entre 30 e 39 anos, que até o mês de março representavam, em média, 3,8% dos falecimentos por Covid, passaram a ser quase 5,8% em abril, o que representa um crescimento de 53% no número de mortes.

A faixa de pessoas entre 40 e 49 anos é a mais afetada pelo aumento no número de falecimentos causados pela nova fase da pandemia. Até janeiro de 2021, representavam 7% dos óbitos causados pela doença. Em fevereiro passaram a representar 9,8%, em março 12,1% e, nos primeiros dias de abril, já representam 13,7% do total de mortos pela doença no Estado. Em relação à média de óbitos desde o início da pandemia, esta faixa etária, que representava 10,4% dos óbitos, deu um salto e agora corresponde a 32% do número de mortes nos primeiros dias de abril.

Também bastante afetada pela Covid-19 nesta 2ª onda da pandemia, a população com idade entre 50 e 59 anos representava, em média, 16% do total de mortes pelo novo coronavírus no primeiro ano completo da pandemia. Em março passou a representar 20,2% e, nos primeiros dias de abril, representa 22% do total de mortos por Covid-19, um aumento de 37% no número de mortes pela doença.

Começando agora a entrar no calendário de vacinação no Estado, a população entre 60 e 69 anos segue sendo afetada pela pandemia. Até março de 2020 representavam, em média, 19,5% dos óbitos por Covid no Mato Grosso. Este número vem subindo nos últimos meses, passando para 24,8% em março e 26,3% na primeira quinzena de abril, o que representa um aumento de 35% nos óbitos causados pela doença.
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