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Suspeito de matar estudante do IFMT alega tiro acidental e diz que considerava vítima como ‘irmão’

Da Redação - Fabiana Mendes

O garoto de 15 anos suspeito de matar o estudante do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Gustavo Henrique da Silva Macedo, 16, alegou disparo acidental e acrescentou ainda que considerava a vítima como um irmão.

O adolescente foi atingido por um tiro no rosto no Assentamento Santo Antônio da Fartura, zona rural de Campo Verde (140 km de Cuiabá), na noite do dia 20 de fevereiro.  Ambos seriam amigos infância e o suspeito é enteado do pai de Gustavo.

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Conforme informações obtidas com exclusividade pelo Olhar Direto, o suspeito afirmou que passava os finais de semana com Gustavo e que o considerava irmão. Ele também relatou ter conhecimento de que a arma de fogo do seu avô estaria em casa. Embora ele tenha dito que o avô estaria viajando, há relatos de que ele estaria no Assentamento. 

O garoto contou que teria procurado a arma até encontrá-la e depois levou o objeto até a área da residência, onde mostrou para Gustavo. A vítima teria visto e na sequência devolvido.

O suspeito afirma que teria dito para que Gustavo fosse guardar a arma com ele. Entretanto, Gustavo teria pedido para levar, quando houve o suposto disparo acidental. Assustado, ele teria pego a arma, jogado no mato e depois chamado uma tia e contado que teriam atirado no amigo.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, mas apenas constatou o óbito da vítima. Já o suspeito, teria sido tirado do local pelo tio.

Ameaça ao padrasto antes da morte

Duas hipóteses são investigadas pela Polícia Civil. A de disparo acidental e de homicídio, que possivelmente seria motivado por inveja, já que Gustavo sempre foi estudioso e daria orgulho para seu pai, que é padrasto do suspeito.

Durante as oitivas, foram recebidas diversas informações. Inclusive de que o suspeito já teria dito que deveria dar um tiro no rosto do próprio padrasto, o pai de Gustavo, que teria flagrado o momento que o suspeito tentava tirar diesel da caminhonete do avô para irem a cachoeira.

Depois disso, ambos teria ficado sozinhos e Gustavo acabou morto. O suspeito, que teria conhecimento sobre o fato de que a espingarda poderia disparar sozinha, chegou a afirmar que teria “feito cagada”. Com as mãos na cabeça, demostrava estar apavorado.

A Polícia Civil vem trabalhando com cautela no caso e irá fazer a reconstituição. Além disso, A dinâmica da morte será apontada por laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
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