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Servidor que parou transporte de vacinas para ir ao prostíbulo pode perder cargo; prefeito temeu roubo e acionou a polícia

Da Redação - Max Aguiar

O prefeito José de Arimatéia Vieira Alves, da cidade de Santo Antônio do Leste (distante 277km de Cuiabá), classificou o ato do motorista que parou em um prostíbulo durante carregamento de vacinas como irresponsável e lamentável neste momentos de pandemia. 

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O fato se deu na quarta-feira (5), entre tarde e noite. O motorista é concursado e até este ato era considerado uma pessoa de caráter ilibado, que não tinha registro de nenhum problema administrativo enquanto servidor público. 

Segundo o prefeito, o trajeto entre Santo Antônio e Rondonópolis, que é local de distribuição de vacinas, é de 5 horas entre ida e volta. Como o motorista estava demorando para chegar, o prefeito avisou a polícia, pois temia acidente ou sequestro. "Nós pensamos de tudo, menos que ele estivesse em um prostíbulo, com a vacina, carro da prefeitura e depois de tudo isso ainda fosse dirigir embriagado", comentou o prefeito ao Olhar Direto

Arimatéria relatou que o prostíbulo fica em Primavera do Leste e que o motorista foi encontrado na MT-130, quase chegando na cidade de Santo Antônio. "Quando os policiais o localizaram, ele estava na MT-130. Ele estava em visível sinal de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro", disse.

"Sobre o prostíbulo, ele mesmo confessou que estava lá. Mas ele disse também que tinha sentido uma tontura e tomou um remédio. Muito estranho. A vacina estava intacta, com a temperatura necessária e sem romper nenhum lacre. Porém, a conduta dele além de deixar todos preocupados, colocava em risco a gente perder o objeto mais precioso do momento que é a vacina. Achamos que ele tinha sido sequestrado, roubado ou até se acidentado. Mas ele estava em um ato de total irresponsabilidade", disse. 

Os policiais chegaram até a cidade com a viatura e as vacinas e o motorista foi levado para a delegacia de Primavera do Leste, onde foi registrado o boletim de ocorrência e em seguida ele foi liberado. Adminstrativamente, o servidor vai responder processo e poderá perder o concurso público. Desde o acontecido, ele está afastado. 

"Foi montada uma comissão e ele poderá sim perder o cargo. Ele foi afastado e deverá ficar até a conclusão do PAD. Uma atitude muito lastimável. Um vacilo muito grande. Sorte, que as 105 doses da vacina chegaram em bom estado de conservação", concluiu o prefeito.
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