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Detoni reforça a não necessidade de projeto executivo para o BRT: ‘se não, precisamos rever a concessão em Cuiabá’

Da Redação - Isabela Mercuri

O assessor de mobilidade urbana da Secretaria estadual de Logística e Infraestrutura (Sinfra), Rafael Detoni, compareceu à audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Cuiabá na manhã desta sexta-feira (14), feita para discutir a troca de modal do VLT para o BRT. Na ocasião, ele reiterou à imprensa que não é necessário um projeto executivo para que o BRT seja escolhido como modal, e afirmou que se isso fosse verdade, a concessão de transporte coletivo de Cuiabá não teria validade, já que no contrato assinado está prevista a construção de estações de integração, mas não há projeto executivo.

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Detoni explicou que a decisão do Governo do Estado pelo BRT já está tomada, mas sua presença na audiência é importante para mostrar os motivos à sociedade. “A expectativa é boa, mais uma oportunidade para o estado colocar os motivos que levaram o Estado a escolher o BRT, lembrando que aqui não se trata de ser favorável a algo, eu gosto do VLT ou gosto do BRT, se trata de um trabalho que foi feito durante dois anos, foram levantados vários aspectos jurídicos, foram trazidos números, riscos dos dois lados foram apresentados, questão econômico-financeira, aquilo que pesa no bolso do cidadão, seja usuário ou não do transporte, e foi tomada a decisão em cima dessas premissas. Acho que é mais uma oportunidade para a gente discutir, apresentar esses números, apresentar o porquê da decisão, e o governo está sempre aberto a participar desse processo”, declarou.

Esta é a primeira vez que, presencialmente, representantes do Estado e do Município de Cuiabá participam juntos de uma audiência pública sobre o assunto. Além de Detoni, estão presentes na Câmara os vereadores da oposição e da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o secretário de mobilidade urbana da capital, Juares Samaniego, que já se posicionou contrário ao BRT.

A principal crítica feita é em relação à falta de um projeto executivo. Detoni, no entanto, afirma que isto não é necessário, e que também não havia quando foi escolhido o VLT. “Porque [o estudo atual] se trata de um estudo econômico de viabilidade econômica. Eu quero que a Prefeitura apresente um estudo de viabilidade econômica e transporte feita a partir de projeto executivo de engenharia. Não tem. Mais recente deles, linha 18 da CPTM de São Paulo, um edital tremendo, não tem uma linha de projeto executivo, porque se trata de um estudo de viabilidade econômica”, exemplificou.

“Se isso for uma premissa, então a gente precisa rever a concessão do transporte coletivo de Cuiabá porque na concessão do transporte, no contrato que foi assinado, está prevista a construção de estacoes de integração, depois de três anos de operação, uma estação de integração na região da antártica, uma estação na região da rodoviária, estação de conexão na região do Pedra 90, são obras de engenharia, e no entanto não existe nenhum projeto executivo, nem projeto básico, sequer a localização de implantação dessas estações. Portanto se for uma premissa, como coloca a Prefeitura, a gente sugere então que seja anulado o contrato e concessão e esse processo seja revisto, porque não tem projeto executivo”, declarou.
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