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Mãe alega que bebê morreu dormindo e nega ter amputado mãos e pés

Da Redação - Fabiana Mendes

Em depoimento à Polícia Civil, Ramira Gomes da Silva, 22 anos, mãe do menino Brian, de cinco meses, alega que o filho morreu dormindo e nega ter amputado as mãos e pés do bebê. O corpo da vítima foi encontrado em uma residência no bairro Benjamin Raiser, em Sorriso (cerca de 400 km de Cuiabá), na tarde de segunda-feira (17).

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“A versão dela é que foi dormir na noite anterior a morte de Brian e por volta das 2h teria alimentado ele, trocado de roupa, enfim. Disse que acordou por volta das 5h com ele no berço ao lado dela e teria se deparado com ele roxo, sem vida. Ela diz que nesse momento, levado pela emoção, não raciocinou direito e teria enterrado a criança no local, inclusive, que segundo ela, onde o cachorro se abrigava”, explicou o delegado responsável pela prisão em Porto Velho (RO), Yuri Medeiros, em entrevista ao site JK Notícias.

Questionada sobre os membros amputados, o delegado afirmou que Ramira não soube explicar. “Ela fala que enterrou o Brian inteiro, sem nenhum membro decepado. Ela não sabe explicar”, acrescenta.

O delegado, entretanto, conta que a versão de Ramira é pouco crível. “Em caso desses, de morte natural, o esperado, ainda mais considerando uma mãe, é procurar o hospital, chamar a polícia. Já nos deparamos com caso que a mãe chega com a criança morta no hospital na esperança ainda da criança voltar a vida. A história dela [Ramira] não convenceu”, ponderou.

Antes disso, Ramira teria apresentado outra versão. Em depoimento, contou que teria deixado o Brian com uma conhecida que teria o matado. “Em um primeiro momento, ela estava bem fria. Mas quando apresentamos fotografias, o que a investigação já tinha conseguido angariar, ela chorou. Não sei se chorou por ter lembrado da criança ou pelo fato de estar sendo presa”, disse o delegado.

A prisão 

Ramira foi flagrada em um barco na cidade de Porto Velho (RO), que deveria partir para Manaus na quarta-feira (19), onde ela planejava se esconder. A mulher estava sendo procurada pela Polícia Civil de Mato Grosso para prestar esclarecimentos sobre o episódio que resultou na morte do próprio filho.

De acordo com a Polícia Civil, a descoberta do cadáver aconteceu por volta do meio-dia, depois que uma equipe foi acionada por uma vizinha da residência onde Ramira morava. Na ocasião, ela contou que um cachorro pitbull tentou desenterrar o corpo da criança.

Conforme o delegado responsável pelo caso, José Getúlio Daniel, o cadáver foi enterrado atrás de um vaso e estava em avançado estado de decomposição. Na residência não havia ninguém no momento em que a Polícia Civil chegou. 

A Perícia Técnica (Politec) e Instituto Médico Legal (IML) irão apontar as circunstâncias da morte. 
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