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Emanuel afirma que Mauro é “mentor intelectual” de perseguição à gestão municipal

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Isabela Mercuri

Após encaminhar pedido de investigação à Corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que o governador Mauro Mendes (DEM) é o “mentor intelectual” da suposta perseguição a sua gestão, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que deflagrou série de operações tendo como membros da gestão municipal. O emedebista ainda dispara que o democrata tem “dois braços” na instituição: o delegado-geral Mário Demerval, e o titular da delegacia, Eduardo Botelho.

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Emanuel rebateu a declaração de Mauro, que ao comentar a denúncia feita pelo prefeito, questionou se apenas o prefeito estaria correto, sendo que as operações contra o Palácio Alencastro foram acompanhadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e tiveram a anuência do judiciário.

O prefeito, no entanto, reforça a tese de que está sendo perseguido. Questiona a atuação de Demerval, por ter acompanhado pessoalmente a primeira-dama Virginia Mendes à Delegacia da Mulher, onde foi registrar um boletim de ocorrências por ser vítima de calúnia, na semana passada.

“O que aquele senhor estava fazendo ali? Um homem que se presta a isso, o que esperar?”, disparou Emanuel.
“Existem escândalos fabricados. Durante três anos e meio minha gestão foi um exemplo. Julho do ano passado pra cá, quando começou o período eleitoral, especialmente a Deccor, desandou a mirar Cuiabá, esquecendo que existe outras instituições no estado. Parece que Mato Grosso é só Cuiabá e começam a querer forçar a barra. Atingir politicamente a minha gestão”, completou.

O emedebista afirma que a perseguição também passa pelas eleições de 2022, já que, segundo ele, o grupo do governador Mauro estaria temeroso diante da possibilidade de candidatura ao Palácio Paiaguás. Emanuel garante que a Deccor foi criada exclusivamente para prejudicar sua gestão.

“Quantas coisas estão passando no governo do estado e eles não fazem nada? Se omitem. A Deccor foi criada para atingir politicamente a minha gestão. Isso está nítido. Desmantelaram a Defaz, que deu muitos bons resultados. Não estou fazendo nada errado, mas por favor, investiguem o estado também. Tenho mais de dez denúncias, vamos ver se têm o mesmo interesse”, declarou.

Por fim, Emanuel também questiona a atuação da Assembleia Legislativa. Lembra que em 2019 levou a denúncia de que o delegado Eduardo Botelho teria sido nomeado para investigar sua administração. Tal acusação não prosperou.
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