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Notícias / Cidades

Criminosos transportavam armas e drogas em cargas de ração; presos e familiares compõe quadrilha

Da Redação - Wesley Santiago

A Polícia Federal informou que os alvos da 'Operação Teseu', deflagrada nesta terça-feira (29), com objetivo de desarticular organização criminosa responsável pelo transporte de drogas e munições da região de fronteira seca do Brasil com a Bolívia para a região Nordeste do País, tentavam esconder o produto em cargas de ração. Além disto, ficou evidenciada a participação de presos e seus familiares no esquema.

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As investigações que resultaram na operação, tiveram início em agosto de 2020, quando a Polícia Federal em Barra do Garças/MT prendeu em flagrante delito um dos integrantes da organização criminosa que era responsável pelo transporte dos ilícitos em cargas de ração animal.

Após a prisão foi possível identificar um forte esquema de transporte de drogas e munições, composta por vários membros, dentre eles familiares de presos e internos de estabelecimentos prisionais. A droga adquirida na Bolívia, era transportada em caminhões, do Estado do Mato Grosso para a região nordeste do país.

A investigação observa as diretrizes da Polícia Federal no enfrentamento ao tráfico de drogas, que consistem na descapitalização das organizações criminosas, prisão de lideranças e cooperação internacional.

Foram indiciadas ao longo da investigação 49 pessoas, sendo cumpridos na data de hoje pela Polícia Federal 23 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças/MT, sendo quatro de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão.

Participam da operação, aproximadamente 110 policiais federais, dando cumprimento aos mandados nos estados de Mato Grosso, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba e Goiás.

Nome da operação

Teseu, é um personagem da mitologia grega, que em uma longa viagem em seu navio realizou substituições contínuas de peças, dificultando a resposta se seria o mesmo navio que saiu da origem. Seguidas reposições de peças fazem analogia ao processo de lavagem de dinheiro, que se vale de uma sequência de operações financeiras para dissimular a origem ilícita de recursos.
 
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