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Mauro diz que não vai judicializar derrubada de veto, mas questiona: ‘qual a diferença do professor aos demais trabalhadores?’

Da Redação - Airton Marques

O governador Mauro Mendes (DEM) demonstrou descontentamento com a decisão da Assembleia Legislativa (ALMT), que nesta quarta-feira (30) derrubou veto a trecho do projeto de lei 21/2021, que condiciona o retorno às aulas presenciais à imunização de todos os profissionais da educação. O democrata garantiu que não irá propor ação de inconstitucionalidade da lei junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas afirmou que a postura de parte dos deputados irá trazer ainda mais prejuízos a educação pública de Mato Grosso. O início das aulas em sistema híbrido está previsto para 1º de agosto.

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“Lá em Portugal a educação foi o último setor que parou e o primeiro que voltou. Vários países da Europa, educação foi o último que parou e o primeiro que voltou. Aqui, foi o primeiro que parou e o último que vai voltar. Olha como eles estão tratando educação pública no nosso estado. Muito provável que tenha filho e neto de deputado em escola privada que esteja tendo aula neste momento. E a educação pública não pode voltar. Olha que incoerência. Fica reflexão”, afirmou, durante evento que marcou o início da fase de resposta da Temporada de Incêndios Florestais (TIF) 2021, nesta quinta-feira (1º).

#OLHO#
“Por que os professores do sistema estadual não podem voltar 1 de agosto se eles já tomaram a primeira dose? Quantos milhares de mato-grossenses estão trabalhando nesse momento sem receber nenhuma dose. Alguém sabe me explicar essa diferença? O que torna o professor diferente? Eu respeito muito nossos professores, mas educação tem que ser tratada com prioridade. E nós estamos fazendo isso. Pedimos para vacinar e com prioridade, já receberam a primeira dose”, completou.

Mauro questiona a lógica de parte dos parlamentares que não querem permitir o retorno dos profissionais da educação para a sala de aula. Para o governador, apesar da importância da categoria, tais servidores não são diferentes dos demais trabalhadores que estão nas repartições de forma presencial.

“O professor da rede pública do estado não pode voltar para sala de aula enquanto não tiver vacinado, mas os bombeiros estão trabalhando, assim como os funcionários públicos da Sefaz, do Indea, de todas as demais secretarias. Qual a diferença do professor para todos esses servidores públicos? Qual a diferença do servidor público pro trabalhador da indústria, do campo, da empregada doméstica, do motorista de ônibus, para todos os demais mato-grossenses que estão trabalhando normalmente?”, questionou.

O democrata ainda completa que os professores da rede privada estão trabalhando e lembrou a alta taxa de profissionais que não estariam indo vacinar na data agendada. “Tem professor que não quer vacinar. E aí? Não vai voltar para sala de aula nunca mais? Eu não entendo essa lógica de uma parte dos deputados”.
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