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Cuba diz que ''maus costumes'' permanecem em Washington

G1

 A agência oficial cubana "AIN" disse hoje que os "maus costumes" continuam no Departamento de Estado de EUA, agora dirigido por Hillary Clinton, ao comentar o último relatório de Washington sobre direitos humanos no mundo, que critica a falta de liberdade na ilha.

"Parece que os maus costumes se herdam ou se transformam em uma crosta que fica difícil de limpar de uma vez. Ou, quem sabe se ingenuamente se trata de modelos e estereótipos ligados às essências do sistema, não importa o Governo vigente", especula um artigo da agência.

Segundo a agência de informação, o primeiro relatório do Departamento de Estado sobre direitos humanos "voltou-se contra 190 nações, entre elas um grande número de latino-americanas, muitas das quais empreendem hoje caminhos diferentes dos que agradariam Washington".

"O citado documento não difere em quase nada dos aprovados pela administração de George W. Bush, vanguarda da extrema-direita imperial", conta a "AIN".

De acordo com a agência oficial, "para a política externa democrata, portanto, é lícito silenciar sobre as torturas na Base Naval de Guantánamo e a prisão ilegal de pessoas nesse enclave usurpado de Cuba".

Por outro lado, acrescenta o artigo, a Washington parece "muito leal e honorável insistir que na Ilha se restringem as ideias", ou que "na Venezuela a oposição supostamente não conta com espaços para se manifestar publicamente".

A agência cubana também ataca o novo diretor da CIA, León Panetta, por advertir "que na Argentina, no Equador e na Venezuela a explosão da crise econômica está por provocar sinais de desestabilização interna".

"Por sorte -acrescenta a 'AIN'-, tais pronunciamentos da diplomacia e dos serviços de inteligência dos Estados Unidos já não são recebidos no 'Sul' com silêncios forçados".

"Evidentemente, não são os Estados Unidos nem suas autoridades os mais indicados para falar de prerrogativas cidadãs, não só pelas atrocidades cometidas nas prisões secretas de W. Bush, mas por seu racismo ancestral, seus milhões de desempregados, seu abandono dos serviços de saúde e educação para os mais necessitados", acrescenta.

Atualmente, há mais de 200 presos políticos em Cuba, que no ano passado também praticou cerca de 1.500 prisões "rápidas", segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos, grupo ilegal para o Partido Comunista, que há 50 anos governa a ilha -que precisa importar 80% dos alimentos consumidos por seus 11 milhões de habitantes.
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