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PPS elogia indicação de Temer, mas manterá obstrução

AE

O líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), disse que a escolha do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) para presidir a comissão especial que vai discutir um dos projetos do marco regulatório do pré-sal não está vinculada à suspensão da estratégia de obstrução que o partido vem executando junto com o DEM e com o PSDB. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), convidou Arnaldo Jardim para ser o presidente da comissão especial que vai discutir o projeto que prevê a capitalização da Petrobras. O relator do projeto será o deputado Antonio Palocci (PT-SP).

"Essa eventual indicação dele (Jardim), o partido acha bom. Desde que não tenha nenhuma vinculação com a obstrução nem com o mérito da proposta", afirmou Coruja. O PPS concorda com grande parte das propostas do marco regulatório enviadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas está em obstrução contra o regime de urgência na tramitação dos projetos.

"Temos uma certa simpatia ao projeto, por causa do monopólio da Petrobras", afirmou Coruja. O líder disse ainda que não há divergência quanto à mudança da concessão pelo sistema de partilha.

Essa posição diferencia o PPS dos demais partidos de oposição, que estão na obstrução. Nesta quarta-feira, os líderes do PPS, do PSDB e do DEM na Câmara e no Senado e os presidentes desses três partidos vão se reunir para avaliar o quadro político.

Os partidos de oposição entenderam o discurso de Lula no domingo como uma chamada ao confronto. "Não queremos criar confronto, mas não fugiremos dele", disse Coruja. Para o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), o presidente Lula fez o pronunciamento para dizer que o Congresso não tem competência para modificar os projetos. "O presidente Lula disse à população que fazer modificações nos projetos significa fazer o mal", afirmou Caiado.
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