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Além da quimio e radioterapia, Linfoma é tratado hoje com imunoterapia

Da Redação com Assessoria

A recente exposição do linfoma no cenário nacional traz um grande benefício para a população: a importância e disseminação dos sinais e sintomas da doença, fundamentais para a detecção precoce, que aumenta, e muito, as chances de cura. Por outro lado, para que essa cura seja possível nos casos mais comuns de linfoma, que correspondem a 80% dos casos da doença no mundo ocidenta os chamados linfomas de células B, habitualmente não deve ser feito apenas com quimio e radioterapia. Denominada de imunoterapia, este tipo de tratamento inovador atinge seletivamente as células linfomatosas e detém a multiplicação das células malignas.

A imunoterapia no tratamento do Linfoma alia o anticorpo monoclonal chamado MabThera (rituximabe), aos regimes de quimioterapia tradicionais. “É consenso mundial que a utilização do rituximabe associado à quimioterapia, aumenta consideravelmente as chances de cura dos pacientes com linfoma de células B. A chegada deste tratamento, há 10 anos, foi um marco no tratamento da doença. Destaca -se os tratamentos dos linfomas difuso de grandes células B, do folicular, da zona do manto e, mais recentemente, da leucemia linfocítica crônica. Diversos países da Europa, Estados Unidos e até a África adotaram o medicamento como protocolo de tratamento”, afirma Dr. Cármino Antonio de Souza, médico hematologista e professor titular de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp.

No Brasil, segundo os últimos dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2004, foram computadas mais de 3 mil mortes no País devido somente aos cânceres do sistema linfático. Uma média de 8,5 mortes por dia devido à doença.

“Devido a esses números de mortes e com a incidência cada vez maior no Brasil é importante que as autoridades federais dêem a devida atenção ao tratamento do linfoma, já que sabemos que a cura é possível em grande parte dos casos”, completa Dr. Cármino.

Lançado no Brasil há 10 anos, MabThera vem proporcionando a cada ano novos benefícios para os pacientes com linfoma de células B. Até o momento, mais de 1,5 milhão de pacientes foram tratados com o medicamento em todo o mundo.

Além disso, este foi o primeiro anticorpo monoclonal aprovado pelo FDA em 1997 (Food and Drug Administration agência norte-americana responsável pelo controle dos medicamentos) para o tratamento de câncer e representou um avanço na Medicina ao desenvolver o conceito de terapia dirigida a um alvo. Diferente da quimioterapia clássica que mata não somente as células doentes, mas ataca células sadias, esse medicamento age exclusivamente sobre as células doentes.
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