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Tarcísio garante que entrave da Ferrogrão não impediu investimentos da União para infraestrutura de MT

Da Redação - Airton Marques

Apesar dos entraves jurídicos e críticas de ativistas ambientais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Oliveira, afirma que a Ferrogrão é um empreendimento viável que o governo federal continua se esforçando para tirar o projeto do papel, pois grupos econômicos continuam demonstrando interesse no modal, que está barrado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A ideia da ferrovia que ligará Sinop até o Porto de Miritituba, no Pará, foi lançada há pelo menos sete anos pela iniciativa privada e é de interesse de multinacionais como ADM, Cargill e Amaggi. Tarcísio, no entanto, garante que apesar de o projeto estar parado, o governo federal continuou investindo em alternativas para o escoamento da crescente produção agrícola de Mato Grosso.

#OLHO#
“A gente está fazendo o esforço necessário, conscientizando que a Ferrogrão é um projeto importante. Não deixamos de fazer a pavimentação da BR-163 em função da Ferrogrão, assim como não deixamos de fazer a concessão dessa rodovia. Não deixamos de modelar a BR-364 sentido Rondônia, a dragagem do Rio Madeira. Não deixamos de fazer a Fico em função da Ferrogrão e, sequer, nos opomos. Na verdade, se o governo de Mato Grosso não fizesse a autorização estadual, nós faríamos a autorização federal para a extensão da Ferronorte. Nada deixou de ser feito em função da Ferrogrão”, garantiu o ministro em live promovida pelo jornal Valor Econômico, nesta terça-feira (20).

Tarcísio também destacou que tudo o que o governo investir para a infraestrutura de Mato Grosso será pouco, devido ao fato de a produção agrícola do estado estar em plena expansão. Segundo ele, quando a Ferrogrão começou a ser discutida, o estado produzia 50 milhões de toneladas. Montante que está hoje em 70 milhões de toneladas e deve chegar a 120 milhões de toneladas em 2030.

“Continuamos trabalhando nesse projeto, pois encontramos reverberação no mercado. Se não tivéssemos encontrando eco e interagindo com grupos que demonstram interesse, não estaríamos gastando energia com a ferrovia. Não gasto energia com projetos que não tem a menor possibilidade de sair”, disse.

“Temos um grande grupo que conhece a região e está estudando detidamente a Ferrogrão. Se esse grupo tivesse falado para nós que não tem interesse, já teríamos abandonado. A gente tem que fazer os projetos que estão ao nosso alcance”, pontuou.
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