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Hospital Geral reforça importância do aleitamento materno para bebês com fissuras labiopalatinas

Da Redação - Marcos Salesse

Durante o mês de agosto, a comunidade médica lança um alerta sobre a importância da amamentação, com o ‘Agosto Dourado’. Pensando nisso, o Hospital Geral, em Cuiabá, além de reforçar a relevância do ato de amamentar, também relembra sobre uma das anomalias que dificultam o aleitamento materno: as fissuras labiopalatinas. Este tipo de malformação atinge atualmente 1 em cada 650 crianças nascidas no Brasil.

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O Hospital Geral é referência no atendimento integral de pacientes com fissuras labiopalatinas, em Mato Grosso. A responsável pelo Serviço de Reabilitação de Fissuras Lábio Palatinas do HG, Yolanda Barros explica que o hospital é credenciado pelo Ministério da Saúde e atualmente conta com 1.318 pacientes cadastrados no serviço. Desde o início dos atendimentos, 1.643 cirurgias já foram feitas, sendo 80% em crianças.

A fonoaudióloga do HG, Carla Meliso explica que a dificuldade de alimentação de bebês com fissura surge logo após o nascimento, devido ao prejuízo no mecanismo de sucção, decorrente da falta de integridade das estruturas anatômicas. Nesta fase inicial, a prioridade é a nutrição do bebê e o acompanhamento de seu ganho de peso por um pediatra deve ser frequente.

O aleitamento materno é incentivado desde o primeiro momento e auxiliado pela fonoaudiologia em relação ao posicionamento do bebê a fim de proporcionar a amamentação de maneira efetiva. As crianças com fissura no palato popularmente conhecido como céu da boca, podem apresentar dificuldades iniciais para extração do leite no seio materno, devido à falta de pressão dentro da boca, onde é indicado a ordenha manual para oferta do leite materno.

Carla conta que existe uma equipe multidisciplinar no Hospital Geral que acompanha essas mulheres e incentiva o aleitamento materno dos recém-nascidos com assistência psicológica à mãe com a finalidade de diminuir o impacto emocional e aceitação do filho com esta anomalia.

"O aleitamento é incentivado em seguida ao nascimento e acompanhado por uma equipe multidisciplinar para possibilitar a condição de vida ideal, assim como, evitar possíveis complicações indesejadas. Os bebês com fissura labial e/ou palatina geram muitas incertezas e dúvidas para os familiares a respeito de como realizar a amamentação. Por isso, damos todo esse apoio para as mães não deixarem de amamentar", destacou a fonoaudióloga.

A fonoaudióloga ressalta que é de extrema importância formar profissionais com conhecimento adequado sobre o aleitamento materno em crianças nascidas com má formação craniofacial como as fissuras lábio/palatinas, mostrando a necessidade de educação em saúde e a adoção de intervenções educativas ainda na graduação, a fim de diminuir as dificuldades de mãe e filho vivenciadas durante a amamentação, aumentando a prática da amamentação nessas crianças a fim de proporcionar-lhes melhor nutrição.

"Lembrando que a mamada desses bebês é mais demorada em virtude da menor força de sucção, que o lado da fissura não deve ser evitado, a fim de estimular a musculatura, e que o bebê deve ser mantido em posição mais ereta, para evitar o refluxo nasal de leite e a penetração do mesmo no conduto auditivo. Além disso, devido à ingestão excessiva de ar no momento da alimentação, deve-se fazer mais pausas para propiciar o arroto", finalizou Carla.


*Com informações da assessoria
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