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Notícias / Picante

Agro rachado

Da Redação

O apoio dado pelo presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, às declarações golpistas do cantor sertanejo Sérgio Reis causou um racha no Agronegócio, como evidenciou a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha da S.Paulo, nesta terça-feira (17). Galvan recebeu duras críticas por envolver a entidade na manifestação de 7 de setembro, em apoio a Jair Bolsonaro (sem partido). Na semana passada ele esteve em Brasília, quando se encontrou com o artista. Após a reunião, Reis afirmou em mensagem de áudio a um amigo que a ideia é parar o país junto com caminhoneiros para “ordenar” que o Senado avalie o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O sertanejo, que garantiu apoio financeiro dos produtores de soja para a manifestação, ainda ameaçou que caso não sejam obedecidos em 30 dias, os manifestantes iriam “invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”. A situação causou revolta do ex-senador Blairo Maggi (PL), um dos maiores produtores de soja do mundo. Filiado à Aprosoja, ele afirmou que Galvan não pode usar a instituição para essa finalidade. Quando questionado pela coluna sobre tais críticas, o presidente da Aprosoja desconversou: “Deixa quieto esse assunto. Merda, quanto mais mexe, mais fede”. Depois acrescentou: “Só tenho uma coisa a dizer. Nós pensamos no país. Alguns pensam no próprio bolso”.
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