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Com 30 mil seguidores, acusada de mandar matar marido cobrava por justiça nas redes sociais

Da Redação - Fabiana Mendes

Presa acusada de mandar matar o marido, Ana Cláudia Flor tem cerca de 30 mil seguidores nas redes sociais que usava para cobrar justiça pela morte do empresário Toni da Silva Flor, de 38 anos, baleado no dia 11 de agosto de 2020, em frente a uma academia de Cuiabá.

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Antes de ser presa pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã desta quinta-feira (19), ela publicou alguns stories com as filhas e um vídeo em que deseja ‘bom dia’, acompanhado de uma música gospel.  

Sua última publicação no feed do Instagram aconteceu quando a morte de Toni completou um ano. “Por aqui tudo mudou para mim só eu sei o que sinto e a falta que você me faz em tudo. Faz falta nas minhas decisões, faz falta nos churrascos, faz falta no trabalho, faz falta na minha cama, faz falta em tudo! Mas por aqui continuo seguindo e te conhecendo bem como eu conheço sei que está orgulhoso de mim! Vou te amar para sempre até um dia meu Tudão”, disse.

Em outubro do ano passado, Ana Cláudia chegou a realizar um evento em homenagem a vítima chamado ‘carreata da saudade’. O casal tem três filhas.
 
Segundo o apurado pelo Olhar Direto, a Polícia Civil foi até a casa da mulher nas primeiras horas de hoje, em um condomínio no bairro Jardim Imperial, para realizar o cumprimento do mandado de prisão e também de busca e apreensão.

As investigações, que estão bastante avançadas, apontam que ela seria a mandante do crime. 

Ao todo, estão sendo cumpridos oito mandados, sendo três prisões e cinco buscas e apreensões contra os alvos. A ação é coordenada pelo delegado Marcel Oliveira, sob a supervisão do delegado Fausto Freitas, titular da unidade.

No último dia 11 de agosto, a equipe da DHPP cumpriu um mandado de prisão expedido pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá contra um dos envolvidos no crime identificado durante as investigações.

O caso

Conforme as informações do boletim de ocorrências, Toni chegou a academia, desceu do carro e seguiu para dentro do estabelecimento. No meio do caminho, um homem, sentado em uma motocicleta e com a cabeça baixa, se aproximou e efetuou os disparos.

O empresário foi socorrido às pressas pelas testemunhas e encaminhado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde passou por cirurgia de emergência. Ao todo, foram confirmadas quatro perfurações. Ele não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.

Não foi confundido

O delegado Marcel Gomes de Oliveira descartou que Toni tenha sido confundido com um policial rodoviário federal. O alvo do criminoso Igor Spinozza, de 26 anos, desde o começo era o empresário.

“Na verdade, essa história nunca existiu. Foi algo ventilado pela própria vítima, no momento em que foi socorrida. Falou para um amigo que não devia nada para ninguém e que teriam ido atrás de alguém parecido com ele. Com isto, começou a surgir essa questão do PRF”, explicou o delegado.

Marcel reiterou que o criminoso confessou o crime e que tinha o empresário e não o PRF como seu alvo. “Porém, ele não quis explicar o motivo e ficou em silêncio durante o restante do depoimento. Não paramos de trabalhar um único dia. Após este longo trabalho investigativo, conseguimos encontrar o suspeito”.
 
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