Imprimir

Notícias / Cidades

Delegado afirma que apenas obedece atos administrativos e nega pedido para investigar Emanuel

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Max Aguiar

O delegado Anderson Veiga, que atuou como titular das delegacias Fazendária (Defaz) e de Combate ao Crime Organizado (Deccor), prestou depoimento durante duas horas, na manhã desta sexta-feira (27), na Corregedoria da Polícia Civil, que apura suposto uso político da especializada, com intuito de prejudicar politicamente o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Na saída, ele disse que, a ele, apenas cabe obedecer atos administrativos e negou a denúncia feita pelo emedebista.

Leia mais:
Terceiro delegado presta depoimento sobre suposto uso político da Deccor contra Emanuel

Sem aprofundar muito no que disse em depoimento, o delegado – que tem um perfil bastante reservado – disse que “atos administrativos de remoção, a mim só compete obedecer”, quando questionado se o afastamento ocorreu por suposta pressão política do atual governo do Estado.
 
Questionado também se houve um pedido expresso do Palácio Paiaguás para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro, com o objetivo de prejudicá-lo politicamente, Anderson Veiga apenas respondeu que “não, não!”.
 
O delegado explicou que não pode falar muita coisa sobre o caso por conta do sigilo que existem de investigações e também do cargo que ocupou. Ele ainda confirmou, assim como os delegados Flavio Stringueta e Lindomar Tófoli, que irá até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso para falar sobre o caso.
 
Segundo delegado
 
Na quinta-feira (26), foi o delegado Lindomar Aparecido Tófoli, quem prestou depoimento como testemunha na Corregedoria da Polícia Civil, sobre suposto uso político da Defaz. Na ocasião, ele, por sua vez, revelou que deputados da época em que Silval Barbosa era governador, ‘pediram sua cabeça’, ao descobrirem que estavam sendo investigados por ele. Conforme o policial, isso não é exclusivo apenas da  atual gestão.
 
“Nós lutamos contra o sistema. Da outra vez que aconteceu isso comigo, que eu sai da delegacia, foi porque estava investigando políticos da Assembleia [Legislativa de Mato Grosso], secretários e procuradores do Estado. O delegado-geral, á época, foi pressionado para me tirar de lá”, explicou Tófoli, sem citar nomes dos políticos.
 
Ainda conforme o delegado, essa pressão foi confirmada pelo próprio Silval Barbosa posteriormente. “Á época, chegou na delegacia e falou que se não me tirasse, ele colocaria outra pessoa no lugar que faria o que era pedido. Naquela situação, resolvi ficar quieto. Depois comecei a me questionar, adoeci, tive que tomar medicação para ansiedade”.
Imprimir