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Com queda na taxa de ocupação, governo vai desativar ao menos 130 UTIs Covid; algumas servirão para cirurgias eletivas

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Com a queda na taxa de ocupação dos leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com Covid-19, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já deu início aos estudos para a desativação de ao menos 130 UTIs em todo o estado. Atualmente, o estado mantém 618 leitos de alta complexidade e alguns deles serão transformados em UTIs convencionais.

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O secretário Gilberto Figueiredo ressaltou que a tendência é de que com a redução desses leitos, a taxa de ocupação aumente, mas que o governo ainda irá manter número substancial para continuar atender novos pacientes. De acordo com boletim publicado nesta segunda-feira (30), a 45,66% das UTIs estão ocupadas.
“Mato Grosso, assim como a maioria dos estados no Brasil está desativando. São Paulo anunciou isso hoje. Tivemos uma reunião ontem e temos um plano de desmobilização desses leitos de forma gradativa”, afirmou, nesta terça-feira (31).

Gilberto apontou preocupação maior com a Capital. Explicou que por concentrar o maior número de UTIs no estado, é preciso mais cuidado com a desativação de leitos. A intenção do estado é manter na região o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, exclusivamente para casos de Covid-19. Já na Santa Casa, em Cuiabá, apenas dez serão mantidos, para receber eventuais pacientes que passem por cirurgia e estejam infectados.

“São leitos cativos, que ocupa espaço nos hospitais e precisamos utilizar esses leitos para o programa de cirurgia eletivas. Além disso, são leitos que o governo remunera sem ter pacientes neles. Tomamos essa decisão por força até de não rasgar dinheiro. Vamos realizar essa semana uma reunião do comitê para deliberar o início da desativação desses leitos. Daí, à luz dos contratos vigentes, vamos comunicando a recisão contratual”, explicou.

“Também fazer uma reunião exclusivamente com Cuiabá, já que aqui temos uma densidade grande do número de leitos e pelo fato de ter parado de funcionar leitos importantes de UTIs, como no Hospital São Benedito. Isso tem criado para nós um desconforto e colapso grande”, completou.
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