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WF elogia manifestações de 7 de setembro e diz que Pacheco cancelou sessões para colocar ‘panos quentes’

Da Redação - Isabela Mercuri

O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou que as manifestações realizadas na última terça-feira (7) foram benéficas para ‘desemperrar’ a máquina pública. Segundo Fagundes, órgãos como o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF) tem, atualmente, condição ‘fora do normal’. Em relação à decisão do presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (DEM), de cancelar as sessões do Senado Federal nestas quarta e quinta-feira (8 e 9), o senador avaliou como uma tentativa de colocar “panos quentes”.

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“A posição dele [Rodrigo Pacheco] é bem clara, e a gente concorda, para abaixar o ‘calor’, colocar panos quentes, para evitar alguns mais afobados quererem levar clima lá para dentro do Congresso. Sendo que nós temos problemas ainda com a Covid, que não está funcionando 100%, a maioria é virtual, então hoje mesmo tem reunião na Comissão da Covid, não é que está fechado, está funcionando de forma virtual”, afirmou ao Olhar Direto.

Pacheco cancelou as sessões e comunicou os senadores por meio de mensagem. O jornalista Gerson Camarotti, da Globo News, o cancelamento foi reflexo das manifestações e não haveria ambiente de segurança para o funcionamento do Senado ou ambiente político após as ‘tensões’ causadas pelas falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Wellington, no entanto, não vê a situação como preocupante. “Vejo que os discursos dele foram discursos radicais, da posição dele de direita, e que está provocando a todos que venham discutir o país. Porque hoje nós temos uma Lei de Responsabilidade Fiscal que, por exemplo, os precatórios, se o governo for pagar os precatórios, ele vai ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal, e isso é criminoso. E qual a alternativa que tem? Ou Supremo faz um alongamento, ou muda-se a Lei de Responsabilidade Fiscal, não dá para ficar na condição de que o servidor público, qualquer coisa que ele vai assinar, ele pode ser condenado, então aí a máquina emperra totalmente”, defendeu.

O senador também não viu nenhum ataque à democracia e entendeu como uma resposta aos outros poderes. “Quando um chefe de um poder entende que outro está tendo alguma condição fora do normal, e aí a gente pode citar o próprio Tribunal de Contas, que é um órgão assessório do Poder Legislativo, hoje virou um poder. O Ministério Público virou um poder, quer dizer, o executivo, o prefeito de uma cidade pequena, tudo depende do Ministério Público, quer dizer, então o Ministério Público definindo o que pode e o que não pode fazer. Quem foi eleito foi o prefeito, não foi o Ministério Público. Chega lá alguém do MP e diz: é para fazer uma creche. Mas não tem dinheiro para creche. ‘Mas é para fazer a creche’, sendo que a prioridade dele é arrumar um hospital”, exemplificou. Wellington afirmou que o Supremo também tem provocado um “engessamento da máquina fiscal”, e as manifestações podem ter sido um início para que isso mude.
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