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Em busca de aliança com PSDB para chapa ‘bolsonarista’ em 22, Emanuel minimiza oposição tucana ao presidente

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) minimizou o fato de o PSDB nacional se posicionar como oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no momento em que ele tenta alinhar com o ex-deputado tucano Nilson Leitão uma chapa ao governo do Estado que seja próxima ao presidente. Segundo Pinheiro, orientações nacionais nem sempre são as mesmas que as regionais.

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“Eleição municipal, estadual, ela tem a sua característica muito própria, muito pontual, seus problemas locais, suas alianças locais, suas adversidades locais, então é difícil você conseguir uma verticalização como já foi tentada no passado, e a gente tem que respeitar esses problemas locais dos companheiros, dos nossos partidos”, afirmou o prefeito na última segunda-feira (13).

A aproximação de Emanuel e Leitão já tem acontecido há um tempo. No último mês, quando o prefeito foi a Brasília, se reuniu com o ex-deputado federal para alinhar, segundo suas palavras, a formação de “um grupo” que poderia discutir a indicação de um nome para disputar as eleições de 2022 com o atual governador Mauro Mendes (DEM). Um dos argumentos de Emanuel foi justamente a aproximação de Leitão com Bolsonaro.

Foi após esta reunião, e após os atos de 7 de setembro, que o PSDB se posicionou oficialmente como oposição a Bolsonaro, mas sem defender a abertura de um processo de impeachment. “Com relação ao PSDB, ele pode ser oposição lá e ser situação aqui, como é na Câmara de Cuiabá, como é na Prefeitura de Cuiabá a base, mas é independente com relação ao governo do Estado”, exemplificou.

“É de acordo com a temperatura político-partidária cada partido decide seu rumo, sua localidade. Agora, vai haver uma orientação nacional? Vai haver novamente a reedição da verticalização? Aí vai depender do calendário eleitoral que está para votar agora, aí vamos saber, a partir de 5 de outubro, mais ou menos, como será o jogo, aí vem a segunda etapa da ordem cronológica eleitoral que é a janela, que abre em março e vai até 4 de abril e depois vem o processo pré-eleitoral. Então tem muita água para passar debaixo da ponte ainda”, completou Emanuel.
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