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Emanuel diz que é o principal interessado em operação da PF e que é impossível cuidar de cada servidor

Do Local - Airton Marques / Da Redação - Max Aguiar

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que é o principal interessado na elucidação das investigações da Polícia Federal que culminaram na Operação Colusão, desencadeada na manhã de quinta-feira (30), que visa desarticular esquema voltado à prática de crimes contra a administração pública, por meio de fraudes em processos licitatórios realizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.

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Em coletiva nesta sexta-feira (1), Emanuel Pinheiro conversou com a imprensa e disse que ele espera a elucidação rápida das investigações, e que os verdadeiros culpados paguem com máximo rigor da lei e exerçam sua ampla defesa.

“Que os servidores envolvidos, que os agentes envolvidos, como os prestadores de serviço envolvidos, possam exercer seu direito a ampla defesa e a prefeitura está pronta para colaborar e ajudar nas investigações e na elucidação de todos os fatos. Se depender de mim, é certo que os responsáveis paguem. Se identificados, paguem no rigor da lei”, comentou o prefeito.

Questionado se ele não sabia de nada que envolveu o suposto grupo criminoso, Emanuel disse que não tem como cuidar de 21 mil servidores, um por um, e que jamais ordenou ou pediu que algo de errado fosse feito durante a sua gestão na Prefeitura de Cuiabá.

“O preço da liberdade é a eterna vigilância. Então, se houver erros, a Prefeitura tem 21500 servidores. Então eu confio nos meus servidores. E mais, é impossível você cuidar de 21500 pessoas ao mesmo tempo. Quem fugiu da linha, se saiu da linha, certo, e vai ser identificado e responsabilizado por isso, que cada um responda no vigor da lei. O que importa é que o prefeito nada tem a ver com isso. Não fazemos nada errado, não orientamos nada errado e somos os primeiros a colaborar com toda e qualquer medida para a transparência”, comentou o prefeito.

Os processos investigados referem-se à aquisição de materiais de consumo hospitalar e equipamentos de proteção individual (EPIs) para suprir as necessidades da rede municipal de saúde na prevenção e combate ao contágio pelo coronavírus. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá e Nova Canaã do Norte.
Emanuel espera que essa operação também possa atingir outros municípios e o estado, pois, segundo ele, onde há dinheiro público precisa ser investigado.

“Espero que essas medidas sejam estendidas a outras denúncias no estado e no país. Acho que o estado também deve sofrer essa investigação, os demais municípios devem sofrer essa investigação. Enfim, onde tem dinheiro público, deve sofrer a investigação e vigilância da sociedade”, concluiu o prefeito.
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