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Incra nega que tenha apontado Pastoral da Terra como incentivadora de invasões na Amazônia Legal

Da Redação - Airton Marques

A superintendência regional do Incra em Mato Grosso, por meio de nota, negou que tenha elaborado relatório apontado a Comissão Pastoral da Terra (CPT) como incentivadora de invasão de terras na Amazônia Legal, em área pertencente à Fazenda Araúna, em Novo Mundo (790 Km de Cuiabá), que é objeto de ação judicial de interesse da União, em que foram relatados conflitos.

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De acordo com a superintendência, no caso em questão, foram adotadas todas as medidas necessárias à prevenção e mediação da tensão identificada, visando à garantia dos direitos humanos e sociais das partes envolvidas, com a consolidação das informações em um relatório técnico que subsidiará as decisões da autarquia.

“Além disso, diante das irregularidades constatadas, que trazem prejuízo ao patrimônio da União, destaca-se ainda que serão adotados os devidos encaminhamentos para apuração pelos órgãos competentes”, afirmou o órgão.

Ainda na nota, a superintendência reforçou o compromisso com a implementação de uma política de ordenamento da estrutura fundiária nacional, que contribua para o desenvolvimento rural sustentável e a preservação do meio ambiente.

Relatório

No relatório em questão, O Incra aponta que apesar dos entrevistados dizerem que não possuem um líder na coordenação das atividades, foi identificado, em conversas telefônicas e com informações do próprio pessoal da pastoral, que um deputado estadual que foi superintende do Incra apoia a invasão. Além disso, que ele teria tentado obstruir o trabalho do órgão.

O relatório ainda ressaltou que os “ocupantes” são invasores recentes e praticaram o ato após a expedição de uma ordem judicial de imissão na posse em favor da União, que não foi cumprida, pois a Sema indeferiu o pedido do Incra de tentar criar novo assentamento na Fazenda Arauna, pelo fato de a propriedade estar localizada na zona de amortecimento do Parque Estadual do Cristalino, que é área de proteção ambiental, protegida pelo plano de manejo do Parque, além de estar na Amazônia Legal.

Foram identificados acampamentos denominados como Boa Esperança I, Boa Esperança II, Alto Alegre e Bananeiro, que somam mais de 400 pessoas residindo ilegalmente no território da fazenda Araúna.
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