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Oposição protocola hoje pedido de CPI para investigar repasses do governo ao MST

Folha Online

A oposição vai protocolar nesta quinta-feira um requerimento para a criação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar repasses do governo para ONGs (organizações não governamentais) ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Segundo a senadora e presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Kátia Abreu (DEM-TO), o foco das investigações será a origem e o destino dos recursos da União para ONGs envolvidas com o MST em São Paulo, Pernambuco, Pará e Mato Grosso, "onde o MST é mais forte e se manifesta com mais violência e mais força".

A senadora, que reuniu dez assinaturas a mais do que o necessário --180 deputados e 29 senadores apoiam a CPI--, disse que a suspeita inicial é de que ao menos R$ 60 milhões tenham sido desviados pelo movimento de convênios com o governo.

"Esses recursos sem prestação de contas e para cooperativas de fachada, apenas para repassar para um movimento criminoso, um movimento que não existe. Sabemos que esse movimento não tem mais esse objetivo. Esse movimento tem outras pretensões e não mais a busca pelo pedaço de terra", disse.

Kátia Abreu negou que o pedido de criação da CPI seja uma resposta à promessa do governo de reajustar os índices de produtividade, o que deve aumentar o números de áreas que poderão ser incluídas na reforma agrária.

"Não vamos admitir que um movimento sem regularidade possa ter voz e voto e força junto ao Palácio do Planalto. Não podemos admitir que meia dúzia de criminosos e baderneiros prejudiquem o agronegócio", disse.
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