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Dois homens morrem em garimpo ilegal dentro terra indígena que já teve 1,5 mil hectares destruídos pela mineração

Da Redação - Michael Esquer

Dois homens morreram no último fim de semana no garimpo ilegal que ocorre dentro da Terra Indígena Sararé, localizada no município de Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá). A região é alvo recorrente da prática criminosa e já teve cerca de 1,5 mil hectares destruídos pela mineração, o que também equivale a cerca de 1,9 mil campos de futebol. 

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De acordo com a Polícia Civil, o primeiro caso se tratou de um homicídio, que aconteceu no domingo (28). O episódio foi registrado por volta de 23h08. Naquele dia, a vítima, identificada como R. S., de 29 anos, foi encontrada atingida por disparos de arma de fogo, já sem vida, próximo a uma ponte da Gleba Sararé./

O segundo caso, por sua vez, consistiu no encontro de um cadáver, por volta das 23h desta segunda-feira (29). A vítima, identificada como S. M. S., tinha 31 anos e foi encontrada soterrada por uma barranco dentro do garimpo. O homem deu entrada em uma unidade de saúde, porém, não resistiu e foi a óbito. . 

Imagem do corpo de um dos homens mortos. (Foto: Reprodução/TV Centro Oeste)

A Polícia Civil esteve no local onde ambas as vítimas foram encontradas. Neste momento, a corporação realiza os procedimentos de investigação das ocorrências. 

Ordem de desocupação do garimpo

De acordo com a Polícia Federal, a área destruída pelo garimpo ilegal dentro da TI Sararé equivale a aproximadamente 1,5 mil hectares, o que também equivale a aproximadamente 1,9 mil campos de futebol. Por ser um lugar onde a prática é constantemente retomada, operações contínuas ocorrem na área até a completa desocupação da TI.

No dia 12 de maio deste ano, por exemplo, a Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Exército Brasileiro, deflagrou a segunda fase da Operação Alfeu  e desarticulou garimpo. A ação foi realizada após determinação da 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Cáceres.

Na ação conjunta, 50 policiais federais e 110 militares do Exército realizaram a operação utilizando o apoio de helicópteros, drones e imagens de satélites. Equipe da PF especializada em explosivos ajudou na destruição do maquinário usado no garimpo pelos criminosos.

A região, porém, continua sendo alvo da degradação mineral. Através de imagens de satélite a PF constata que Terra Indígena continua sendo explorada, necessitando assim, novas intervenções policiais no local com frequencia.
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