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Notícias / Ciência & Saúde

Anúncio de grande reforma não evita radicalização

Da Redação - Jardel Arruda

Apesar do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) garantir que iniciará uma obra de reforma no Hospital Pronto Socorro de Cuiabá (HPSMC), o Sindimed-MT (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso) pretende lançar uma campanha de outdoors para denunciar a falta de estrutura no mais importante hospital público do estado.

Segundo o médico Alberto Bicudo, integrante uma comissão de imprensa no Sindimed, a campanha faz parte dos protestos que culminaram no pedido de demissão de 68 médicos e na paralisação das atividades da rede pública de saúde de Cuiabá. Os motivos alegados pela classe vão desde reivindicações salariais a problemas de relacionamento com o secretário municipal de Saúde, Luiz Soares, cuja demissão  foi exigida como fator imprescindível para a chegada em um acordo da classe com a gestão municipal.

O médico alega que a ação faz parte de um processo de conscientização da população e imprensa da real situação na qual se encontra o HPSMC. Pois, segundo ele, os profissionais da saúde se vem “contra a parede” todos os dias devido a falta de condição de trabalho.

“Entramos em embate com a população devido a falta de estrutura do Pronto Socorro. Tem coisas que simplesmente não temos condições de fazer no corredor, ou com um paciente deitado no chão por falta de macas”, desabafou o sindicalista.

Para ele, as promessas de reforma do hospital ainda não são concretas. “Não vi nenhuma movimentação lá para uma reforma. O prefeito promete essas reformas desde sua primeira campanha eleitoral e já se passou um mandato inteiro sem que elas ocorram”, ponderou Alberto Bicudo.

De acordo com a prefeitura, uma “grande” reforma no HPSMC está prevista para começar na segunda quinzena de outubro. Wilson Santos garante que mais de R$ 5 milhões serão investidos, tanto em obras quanto em reequipagem.
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