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Rota do Oeste decide por “devolução amigável” da BR-163 e continuará à frente da operação até nova licitação

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

A Rota do Oeste formalizou na noite da última quinta-feira (9) o protocolo de ‘devolução amigável’ da BR-163. A concessionária continuará prestando os principais serviços até que seja concluído o processo de nova licitação e haja novo controlador e investidor para operar a rodovia.

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Segundo o diretor-presidente da Rota, a devolução foi o melhor caminho para todos, e causada por uma série de fatores. Também explicou que a concessionária não entregou o que havia assinado em contato principalmente por conta da crise econômica do país, o que gerou dificuldade de conseguir crédito.

“São conjuntos de forças que fazem com que se busque a solução. Nós também estamos engajados nisso. Precisamos resolver a questão da Rota do Oeste, não é espírito da concessionária ficar empurrando com a barriga. Pode parecer, [dar] impressão que a gente está satisfeito em ficar arrecadando e não fazer os investimentos, mas como eu já disse, um terço vai para o banco - que não pode deixar de receber o dinheiro, porque se deixasse você quebra um contrato desse e nunca mais consegue ter financiamento nenhum -  aí você tem uma parte que é operação e você tem uma parte que é investimento, então a gente não está confortável com a situação, então o que tem que se buscar, então a força política do governo do Estado acaba ajudando na busca dessa solução”, afirmou.

O contrato original previa a duplicação dos trechos da BR-163 de Itiquira a Rondonópolis e da Imigrantes ao Nortão. “A duplicação é [para ser feita] em cinco anos, nós fizemos o primeiro trecho, nós temos 120km de duplicação em um ano e meio e a partir daí vieram as dificuldades, com as dificuldades a gente tentou outras soluções do contrato que foram difíceis, e questões legislativas foram tentadas a revisão quinquenal era uma oportunidade também, acabou não indo para frente. A agora a alternativa madura da devolução, alinhada com o Governo Federal, é que a gente está protocolando essa devolução para tratar isso de forma célere e rápida e que tenha o novo investidor que retome os trabalhos conforme previsto originalmente”, completou Perdigão.
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